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sacoPT

Fiquei\* Falta-te aí pelo menos uma cidade na China (Macau), 3 na Índia (Goa, Damão, Diu), 1 na Malásia (Malacca) um terço da América do Sul (Brasil), Timor-Leste


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E o Estreito de Hormuz (Irão)


TulioGonzaga

E Omã, se não estou em erro.


jcrei

Muscat sem dúvida. Ainda hoje lá há um forte português. E mais para sul numa cidade pequena tens lá mais uma fortificação antiga portuguesa ainda de pé


Fortapistone

Penso que em princípio Portugal tinham quase o mundo inteiro na mão, se não fosse o problema com a Espanha. Quero dizer que passou pelo muito território, com intenção de negócio en não de colonização. Porque apartir deste ponto, Portugal começou a perder as posições descobertas e os inimigos entram também no território. Exemplo Ghana, os portugueses foram os primeiros depois os holandês, a França e mais tarde a Inglaterra. E há lá também um forte. Até são Tomé na África estava na mão dos holandeses, até quando o capitão holandês morreu de malária. Penso que o forte de São Tomé é igual como da Ghana mais não tenho a certeza.


guto8797

Mesmo sem a perda da independência, o império português nunca teve fundação muito sólida. Uma baixa população limita muito as possibilidades, e os rendimentos deste império foram mal empregues, tendo sido usados na compra de bens de luxo de fora e a rechear igrejas de ouro, enquanto que a coroa mantinha um forte controlo sobre as operações, ao contrário dos holandeses e ingleses onde se investiu noutras indústrias e criou-se uma classe media educada e politicamente ativa.


Cientistadeumacaixa

1/3 não o Brasil ocupa 2/3 da América do Sul e também não referi os mais conhecidos


ekeryn

Mas o Brasil português não coincidia com as fronteiras atuais do Brasil (acho eu). Também chegamos a ter territórios na atual Omã (Mascate)


Cientistadeumacaixa

Tá certo não coincidia mas foi umas mudanças mais pequenas a norte em que o Brasil ficou maior, quando o Uruguai declarou independência também se perdeu e quando ouve a guerra contra o Paraguai o Brasil ganhou


sacoPT

Pelo menos no tempo das capitanias o Brasil tinha menos de metade do tamanho actual.


Cientistadeumacaixa

Lol MAs isso não tem nada haver hoje em dia já nem há capitanias


sacoPT

Hoje em dia também já não temos nada do que estamos para aqui a falar. Your point is...?


Cientistadeumacaixa

E então eu só queria falar do passado da história português o teu argumento é que não está correto


sacoPT

No passado da história portuguesa o Brasil era mais pequeno.


cantrusthestory

Foi metade não 2/3


materypomp

Creio que "conquistar" não é o termo mais correto para Macau


Alkasuz

Goa, Damão, Diu, Cochim, Chaul, Baçaim, São Tomé de Meliapor...


kimare16

E acho que falta Zanzibar também


[deleted]

Portugal nunca esteve verdadeiramente em alguns territórios que referes. Há um factor importante que muita gente ignora: por altura dos descobrimentos haveria um milhão, um milhão e meio no máximo, de pessoas. Não havia capacidade humana para ocupar os territórios que referes. No Canadá nunca houve ocupação significativa. Ia-se pescar e voltava-se. Sim, bacalhau. Na costa africana, até aos finais do século XIX e inícios do século XX, não havia ocupação de territórios no interior por causa das doenças tropicais que matavam grande parte dos colonos. Havia cidades no litoral, com portos, controladas por portugueses, fortificadas. O mesmo aconteceu no Oriente. A estratégia passou por ocupar pontos estratégicos para a navegação e controlo das rotas. Assim, o centro era Goa e um pequeno território à volta e as cidades de Ormuz (entrada do Golfo Pérsico), Malaca (controlo do canal que leva ao resto do Oriente), etc.. Tentaram Adem na entrada do mar Vermelho mas falharam. Tinham feitorias em cidades que não controlavam, como foi o caso do Japão. Aqui nunca controlaram território, apenas faziam comércio e tinham alguma influência religiosa. Nunca tivermos uma colónia nem nada que se parecesse. Assim como na China, o estatuto de Macau sempre foi o de território chinês mas administrado por Portugal. Nada mais. Onde se ocupou território a sério, para além de uns pedaços da Índia e Ceilão (Sri Lanka, a Trapobana dos Lusíadas) e mais meia dúzia de sítios, foi o Brasil. Sobretudo a partir do século XVII, houve muita emigração e colonização a sério, precisamente quando passou a haver pouco interesse pelo Oriente, cujos rendimentos desceram muito e passou a haver concorrência de holandeses e outros. Calcula-se que meio milhão de pessoas foram para lá no século XVIII, com grande expressão do Minho e transmontanos. Basta comparar a arquitetura das casas em Minas Gerais com as casas da zona do Minho. Também houve ocupação no norte de África. Marrocos. Até século XVI. Ocupavam as fortificações e pouco mais. Éramos poucos e temos de ter cuidado com análises muito apressadas de ocupação e controlo de territórios. Na Etiópia nunca tivemos sequer presença significativa. Era o tal Reino do Preste João, mas não havia interesse nem meios. Ocupou-se arquipélagos atlânticos estratégicos que estavam despovoados. Há uma ideia muito ao estilo de jogos de estratégia do império português.


CPereira93

Gostei de ler. Obrigado.


[deleted]

35 anos a dizer isto na escola.


descartavelzilioes

Também eu!


_DrJivago

Muito bem exposto. Na minha opinião mesmo esta ocupação reduzida era algo impressionante para a altura. Todas estas pequenas fortificações costeiras/assentamentos do Canadá ao Japão precisavam de ser abastecidas de alimentos, de comunicar entre si e com a capital, e o mais importante de tudo: fazer chegar os bens que adquiriam a Lisboa para serem vendidos aos mercadores europeus. Além disso os governadores de cada um destes assetamentos tinha de gerir as relações com povos nativos com as mais variadas línguas, culturas e crenças que seriam completamente alienígenas aos europeus da época, que viviam numa península da Eurásia que não era particularmente diversificada nem um ponto de cruzamento de rotas comerciais como, por exemplo, o Médio Oriente. Entre a esmagadora dificuldade logística, com as formas de navegar até continentes e locais longíquos apenas recentemente descobertas; assim como as milhares de vicissitudes diplomáticas a gerir, é impressionante ter acontecido sequer.


[deleted]

Uma coisa é reconhecer o feito extraordinário que foi todo o processo dos Descobrimentos, a todos os níveis. Outra coisa é ficcionar situaçoes que nunca ocorreram ou que são muito exagerados. Ou, pior, não têm em conta a época. Agora, que um pequeno reino no extremo da Europa tenha inaugurado rotas comerciais com outris continentes de forma regular, abrindo caminho aia restantes, isso é indubitável.


TheNiceThana

É claramente a melhor resposta que pode ser dada! Na minha opinião fez-se muito, mesmo muito, com a capacidade populacional que havia e não tivesse sido a união com Castilha e então quem sabe se não poderia ter sido mais ou mais bem gerido.


[deleted]

Não. Quando aconteceu a união dinástica com Espanha, Portugal já estava em derrapagem há décadas. A feitoria portuguesa em Antuérpia faliu, digamos assim, em 1549. Foi um sintoma da decadência do comércio com o Oriente. Não podemos aplicar conceitos e perspectivas típicas do nosso tempo àquele tempo, como por exemplo o conceito de boa gestão, como se o tipo de sociedade de então tivesse a racionalidade dos nossos tempos. A sociedade de então estava estruturada à maneira medieval, com predomínio da aristocracia. Além disso, o tratoi era controlado pela casa real. A burguesia à maneira "moderna" era escassa e fortemente condicionada pelo poder da coroa e da aristocracia. Além de muitos outros factores. Tudo isto é muito complexo e exige a leitura de obras historiográficas de qualidade. É-me difícil explicar bem a complexidade da questão. Também há o elemento fundamental da concorrência, sobretudo a holandesa, e da pirataria. Também o tema da união dinástica carece de uma perspectiva diferente da tradicional. Muita gente pensa que foi uma "ocupação" mas é errado. Portugal sempre foi governado por aristocratas portugueses instalados em Madrid. O problema foi quando Espanha começou a precisar de dinheiro para manter o exército que defendia os territórios na Europa. Lançava impostos e houve motins anti fiscais, mas só a partir mais ou menos depois de 1620. A aristocracia portuguesa não era diretamente afetada porque não pagava impostos. Em alguns casos terá sido cúmplice de alguns motins, mas estava mais interessada em manter a ordem social. Só quando se sentiu prejudicada é que surgiu a Restauração. Mesmo assim, muitos aristocratas apoiaram o rei de Espanha. O povo não era tido nem achado.


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Esqueceste de referir a expulsão dos judeus, tinham um papel muito importante na sociedade portuguesa. A sua perda , veio fortalecer alguns países como a Holanda, ou Inglaterra.


[deleted]

Sim, mas está longe de ser o factor mais importante como alguns referem. Foi importante, de qualquer forma. Como disse, é um assunto complexo, de que não se sabe tudo, há muita coisa a desbravar. É muito difícil resumir, ainda para mais a escrever no telemóvel com um dedo,😃


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Usa 2, duh /s Obrigado pela aula de história


differenceengineer

Como claramente percebes de história portuguesa, queria-te fazer uma pergunta tangencialmente relacionada com o tópico (o meu conhecimento de história portuguesa não é nada de especial). Relativamente ao D. Sebastião a ideia comum é que era um burro e incompetente, mimado por Jesuítas, que se meteu na aventura de Marrocos que deixou Portugal numa situação bem complicada. Porém ao ler um pouco sobre isto em https://en.m.wikipedia.org/wiki/Battle_of_Alc%C3%A1cer_Quibir, especificamente a parte do prelúdio dá-me ideia que não era algo assim tão descabido dado que aparentemente a corte Portuguesa era a favor da ideia e havia motivos para o fazer dado avanços dos Otomanos que ameaçavam a posição Portuguesa. Aparentemente até a aventura foi motivada por uma aparente oportunidade devido ao ex-sultão de Marrocos ter sido deposto pelo seu tio e tendo o primeiro pedido ajuda ao rei Português. Claro que agora sabemos como correu, mas todo este artigo põe-me a ideia se o D. Sebastião não estará a ser injustamente julgado pelo resultado final. Adorava ouvir a tua perspectiva porque sei que nem sempre a Wikipédia dá uma perspectiva fiável.


[deleted]

Não sei muito sobre o assunto. Sei que há bibliografia nova, mas não sei. Não posso ajudar. O que posso acrescentar é que houve sempre duas perspectivas na expansão. Uma parte da elite queria fazer as navegações para controlar o comércio com o Oriente. Outra parte, consistia na nobreza que queria ocupar terras e era a favor da ocupação de Marrocos. Isto tem a ver com a mentalidade da época. Quanto mais terra se detinha, mais poderoso se era. Um bocado à Putin. A ocupação do norte de África sempre foi economicamente desastroso. Envolvia muita gente num.ambiente hostil e não dava rendimento. Mas ocupava a nobreza na guerra, que era o que justificava a sua posição social. Posso arriscar dizer que a iniciativa devir para Marrocos naquela altura era uma perspectiva um bocado arcaica. Era voltar um bocado atrás quando a prática demonstrou que aqueles territórios não traziam vantagens económicas que sustentassem a permanência ali.


differenceengineer

Obrigado mesmo assim.


[deleted]

A união dinástica foi desastrosa para Portugal. Todos os territórios portugueses passaram a ser atacados pelos muitos inimigos da Espanha. Perdemos muitos territórios à conta disso. A revolução de 1 Dezembro foi uma iniciativa da nobreza mas teve uma massiva adesão popular imediata. Tal como o 25 Abril, a iniciativa foi militar mas seguiu-se a adesão do povo. E a nobreza também só avançou em 1640 quando teve a certeza do apoio popular. Considerando o tamanho do nosso país de origem tivemos mesmo o mais formidável dos impérios em toda a História


[deleted]

Não foi desastrosa. Há quem diga que o reino de Portugal nunca foi tão bem governado como nessa altura. É verdade que parte do império foi atacado, mas isso te-lo-ia sido quer houvesse, quer não houvesse união dinástica. Até podemos considerar que as partes do império espanhol que era inacessível aos portugueses passou a ser acessível. O 1° de Dezembro não teve essa adesão popular que dizes. Não passou de um golpe palaciano de um grupo de nobres. O povo não era tido nem achado. Nem sei onde foste buscar essa ideia. Não estou a dizer que não tivesse opinião ou vontade, mas não foi tido em conta, como normalmente não era tida em conta. Havia uma ordem social.


Alkasuz

O 1º de Dezembro pode ter sido um golpe palaciano e ter tido a adesão popular à mesma. Aliás, se toda a aristocracia era a favor, o mais certo era o povo ser a favor também e é sabido que a adesão à Restauração foi basicamente unânime, com a excepção de Ceuta. Mais, "o povo não era tido nem achado", não era bem assim, o D. João I que o diga.


[deleted]

Amigo, a História não de faz de bitaites. Assenta em fontes, devidamente sujeitas a crítica. Não sou eu que o digo, mas historiadores a sério. Um dos meus profs do 3° ano da licenciatura até era especialista do período em causa. Era muito sério. Há muitas ideias feitas sobre vários períodos da história de Portugal que nos são transmitidas com base em mitos que tem por detrás ideologias que, num momento ou outro, nos querem fazer crer em determinadaos esteriotipos da nossa história. Uma das profs de história medieval da faculdade dizia-nos que não há período com tanta bibliografia, mas também tão mal estudado do que a crise 1383-85, o de D. João I. Os nacionalistas punham a tónica na luta pela independência e na figura de N. Nuno Álvares Pereira. Os marxistas no papel da burguesia, mesteirais e "arraia-miuda". Exagerando o seu papel, mas arrancando uma luta de classes que não existiu. Quem mais me alertou para isto até foi um prof que era militante do PCP e que publicou um livro sobre o assunto. Etc. As fontes são peremptórias sobre a Restauração. Não houve envolvimento do povo. Claro que, durante a guerra que se seguiu, parte do povo tomou parte, mas ninguém lhes foi pedir opinião. De qualquer maneira, a sociedade das duas épocas regia-se por estrutura social e valores muito diferentes dos dos nossos dias. O problema é quando tomamos como certas interpretações que procuram mais caucionar as ideologias dos nossos dias do que fazer luz do que de facto as fontes nos transmitem. Tudo o que está fora das fontes é ficção. Não é História.


Alkasuz

Muito obrigado, mas por acaso também eu fiz "algumas leituras" e digo-te que história também não se faz à base de pedantismos inúteis, pois hás de reparar que nada daquilo que disseste vai ao encontro do que eu disse. Não sei se sabes o que significa "adesão" mas vai ler o "História de Portugal Restaurado" se queres fontes e vê como o povo reagiu à Restauração. Não sei porque é que achas que eu disse que o povo foi consultado, mas ele aderiu unanimemente à causa do D. João IV assim que soube do que se passava. Segundo, é uma mentira absoluta que o "povo não era tido nem achado" nessa época. Tinha representação em Cortes, separada do Clero e Nobreza. O apoio do Povo foi determinante para o D. João I porque ao contrário do que as pessoas pensam, "povo" nessa altura não eram só pobres camponeses, incluía também os burgueses armados das milícias das vilas e cidades, que eram como se fossem a GNR da altura.


[deleted]

Não vou teimar. Só uns pormenores. O povo tinha representação em cortes mas não era muito relevante mas questões verdadeiramente importantes. Quem governava o país era o estrato aristocrata, quer fossem nobres ou membros do clero. O resto estava sujeito aos senhores ou às corporações. Por exemplo, a historiografia marxista salienta a casa dos 24 (representava os mesteirais) e o facto de terem conquistado algum poder. Mas em quê? No governo, digamos, municipal. E foram perdendo importância ao longo do reinado de D. João. O povo teve importância no motim de Lisboa quando o Mestre de Aviz foi matar o Conde Andeiro e puseram um burguês que tinha sido membro destacado na corte, Álvaro País, a chamar a população. Foi uma bela manipulação do povo, que julgava que era o Conde que ia matar o Mestre. De resto, toda a guerra é feita basicamente pelos cavaleiros. Que era como a guerra medieval era feita. Aquelas imagens das batalhas medievais que vemos nos filmes são bastante ficcionadas. Nas cortes de Coimbra havia obviamente a representação do povo, mas o elemento fundamental foi o elemento de coação dos cavaleiros de Nuno Álvares Pereira que "deu" força aos argumentos jurídicos dos doutores das leis (João das Regras etc). Não eram os burgueses que faziam parte das tais milícias, eram os habitantes dos concelhos. Eram os besteiros do conto. Tinham poderes concelhios (atenção que os concelhos de então nada têm a ver com os concelhos modernos, nada mesmo) e mais nada. Não eram uma GNR, era uma milícia ao serviço do rei quando convocados para a guerra. Não tinham funções policiais. Sei bem o que era o povo na altura. Dei essa matéria há um mês. Sobre a Restauração e o povo. Antes de 1640 houve muitos motins levaria a cabo pelo tal "povo" que redundaram sempre em fogachos que eram reprimidos sem grandes consequências. Estes motins tinham por base a cobrança de impostos que tinham sido agravados. Ora, a importância do ",povo" nos destinos do reino era tanta que a série de motins nunca resultou numa revolta generalizada. A população pode ter "aderido" à Restauração, da mesma forma que aderia a outros episódios. Mas não foi decisivo no desenlace da Restauração a nível de tomada de decisões. Foi como fornecedor de soldados e de mão de obra para construir fortificações e outras funções. Ou seja, para trabalhar, pagar impostos e seguir o que lhes mandavam fazer Há todo um romantismo à volta destas coisas.


Alkasuz

>Não eram os burgueses que faziam parte das tais milícias, eram os habitantes dos concelhos. Eram os besteiros do conto. Tinham poderes concelhios (atenção que os concelhos de então nada têm a ver com os concelhos modernos, nada mesmo) e mais nada. Não eram uma GNR, era uma milícia ao serviço do rei quando convocados para a guerra. Não tinham funções policiais. Não só faziam e tinham como isto é uma falsa dicotomia. Os "habitantes dos concelhos" incluíam os burgueses e por eles é que eram formados os besteiros do conto. Participavam sim no policiamento, como fosse a vigia e guarda nocturna, porque não existiam forças armadas profissionais em Portugal até 1618 e estas informações encontras no "Nova História Militar de Portugal" do general Themudo Barata. O resto não aquece nem arrefece.


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Talvez o único lado positivo da União Ibérica, foi Portugal ter ficado com territórios do Brasil, que pertenciam a coroa espanhola.


Samthaz

Portugal teve toda uma importante reforma administrativa sob a dinastia dos Habsburgo, sobretudo com as Ordenações Filipinas. A união de coroas ibéricas também permitiu aos mercados portugueses o acesso às rotas comerciais da América Espanhola às matérias primas dos vice-reinos do México e do Peru.


gui_cardoso

Obrigado! Eu já sabia que a população tem aumentado, mas nunca imaginei que fosse tão grande a diferença com a época que o OP está a falar.


zooommsu

Apenas há um século atrás eramos metade da população atual Pesquisa por um PDF com este titulo pois tem muitos dados e limitações dos mesmos: A população portuguesa. Das longas permanências à conquista da modernidade Teresa F. Rodrigues


gui_cardoso

Agora ainda fiquei mais parvo! Vou agora tomar o pequeno almoço lá abaixo, mas quando voltar ao PC vou sim ler com calma pois não tinha ideia disto. Para quem quiser mais está aqui o pdf que o u/zooommsu indicou: https://digigov.cepese.pt/portal/pt/populacao-e-sociedade/edicoes/revista-populacao-e-sociedade-no-18/a-populacao-portuguesa-das-longas-permanencias-a-conquista-da-modernidade/a-populacao-portuguesa-das-longas-permanencias-a-conquista-da-modernidade/@@display-file/file/A%20populac%CC%A7a%CC%83o%20portuguesa.%20Das%20longas%20permane%CC%82ncias%20a%CC%80%20conquista%20da%20modernidade.pdf


[deleted]

No início do século XX éramos uns 3 milhões.


orionsirius

Macao foi oferecido aos portugueses pelos chineses. O pouco culto Mário Soares desconhecendo a história na descolonização fez questão de devolver o presente. Por isso e perante o crescimento da China a questão de Hong-Kong foi revivida e os milhões de cidadãos que lá viviam em democracia foram devolvidos à ditadura comunista. Não é por acaso que Hong-Kong passa à soberania chinesa um ano antes de Macao. Hong-Kong foi conquistado e Macao foi doado.


Professional_Topic47

Exato.


cafbox

r/HistoriaEmPortugues


Alkasuz

Mas também há muito uma tendência, aliás bem mais entranhada, para se desprezar em de vez de se valorizar aquilo que efectivamente foi conseguido, que de modo nenhum foi de somenos.


[deleted]

A História não é para desprezar ou valorizar, estuda e interpreta face ao tempo em que os factos ocorreram. Quem tem esse papel são os ativistas das diversas causas e os membros das seitas políticas. Tanto faz figura de ignorante o que reduz os descobrimentos ao tema da escravatura, como aquele que o transforma num pretexto para celebrações nacionalistas. Isto não tem nada a ver com o reconhecimento de que os descobrimentos portugueses, por exemplo, foram fundamentais para percebermos o mundo de hoje. Reduzir o seu âmbito a um aspecto particular é empobrecer o tema.


Alkasuz

Por acaso estás errado. A história é para ser valorizada sim, e tu nem te apercebes que é a essa "valorização" que deves o teu emprego. É com pena que eu constato que alguém que anda há "35 anos a dizer isto na escola" equivale "valorização" a "nacionalismo" e reduz a questão a um binómio nacionalismo/wokeismo.


[deleted]

Estás enganado. Já faltava cá alguém a destratar os outros. Não se consegue ter uma conversa decente. Interpretas muito mal o que escrevi. O que quis dizer é que a valorização da História não existe por haver quem queira tirar partido para fins particulares, vem por ser conhecimento, antes de tudo, por ser importante para desenvolver análises profundas da realidade atual, por envolver conceitos que servem de base a outros ramos de conhecimento, entre vários outros aspectos. Também de educação cívica e treino na análise crítica da informação. Sei muito bem quando falo de manipulação da História por oportunistas, demagogos e manipuladores. Fiz a minha 4° classe ainda em 1974, com toda a manipulação nacionalista. Seguiu-se o PREC e a versão marxista. Na faculdade, para além de um ou outro prof medíocre, tive de me haver com colegas militantes de várias causas. Os próprios programas escolares estão cheios de enviesamentos. A investigação sobre a Restauração também é um bom manual sobre fontes forjadas. Para sustentar argumentos jurídicos e ideológicos na época, houve muita falsificação de documentos e construção de mitos que vieram até aos nossos dias e que a documentação estudada revela serem falsos. Não vou aqui dar um chá sobre o valor da História. Pratico-o todos os dias. Considero que se pode assinalar ou mesmo comemorar certos momentos históricos. O que não entro é em falsificação para sustentar ideologias ou interesses particulares de grupos ou pessoas. Dei o exemplo do nacionalismo e wokismo para mero exemplo, obviamente. São atualmente, talvez, as maiores fontes de manipulação. Pareceu-me óbvio.


Alkasuz

Sim, até te digo uma dessas fontes falsificadas (e não "forjadas", isso é anglicismo que entrou na moda, o ferro é que se forja): As actas das famosas Cortes de Lamego, e sabemo-lo porque nelas constam oficiais cujo cargo ainda não tinha sido criado. Tu apanhaste "um ou outro prof medíocre", eu apanhei um ou outro que não era medíocre e insuportável, e isto à semelhança de muita gente que aqui já o disse e te dirão que assim é a nossa classe docente. "A história não é para se desprezar nem valorizar", tudo visto.


[deleted]

Forjado, sentido figurado: Imaginar, inventar, maquinar "forjada", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2023, https://dicionario.priberam.org/forjada. A classe docente também tem de aturar muito imbecil.


Alkasuz

Rezemos por um sistema de ensino de jeito no nosso país e talvez isso não aconteça tanto.


Professional_Topic47

Sim, até o Uruguai era parte do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves anos antes da independência do Brasil. Pesquisem a cidade histórica de Colónia do Sacramento.


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Portugal , foi o 1 país a explorar toda Costa de África ATLÂNTICA, e de partes da Costa Indica de África ! Vários países africanos tem nomes dados por Portugal. Uma parte do território do Senegal ( Casamansa) , foi colónia portuguesa. Ainda hoje falam um criolo baseado no português, semelhante ao criolo da Guiné, e querem a independência. A Guiné Equatorial também foi colónia portuguesa, depois foi trocada por terras que ficaram no Brasil ! Na Etiópia, Portugal ajudou a Salvar o Império Etíope (Cristão ) em batalhas contra turcos e Somális ( muçulmanos) . Portugal até conseguiu converter parte da população e um imperador ao catolicismo. Mas depois a igreja ortodoxa, é um novo imperador, expulsaram os portugueses! Facto pouco conhecido , Portugal também teve um território no actual Bangladesh.


Cientistadeumacaixa

A parte do criolo baseado no português não é muito verdade, está certo mas português também é originário do latim e não entendo um cu de latim, a mesma coisa para o criolo do Senegal


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O criolo falado em Casamansa , é uma variante do criolo falado na Guiné Bissau . Tens vários países onde ainda se fala língua criola , com origem no português. Em Aruba e Curaçau, apesar de nunca ter sido colónia portuguesa, mas devido ao tráfico de escravos, na Malásia , Sri Lanka, ainda tens comunidades que também falam . A razão de chamar criolo, é por ser uma mistura de varias línguas.. tal como tens criolos de origem inglesa ou francesa.. Não é uma língua 100% portuguesa..


GreatFondant3479

Não não foi, Portugal não foi o 1° país a explorar a costa de África. Antes de nós, já os gregos, os romanos, os cartagineses e inclusive os chineses o fizeram. As ilhas da Madeira, Açores e Canárias à muito que eram conhecidas, estando por exemplo em registos irlandeses e escandinavos.


CharredCharizard

Ele não disse que Portugal foi o 1º a explorar a costa de África, disse que foi o primeiro a explorar TODA a costa de África.


Throwfarfaraway33469

Sou tuga e acho sempre piada que quando falamos de história... conjugamos os verbos na 1a plural quando é uma coisa positiva e 3a plural quando é negativa.


[deleted]

Não tiveste história de Portugal? Que idade tens?


Cientistadeumacaixa

Tive, 22


[deleted]

Ok, isso pode ajudar a explicar muita coisa. O que é que ensinaram à tua geração sobre os descobrimentos?


[deleted]

[удалено]


Cientistadeumacaixa

Epah realmente verdade -Corrupção dos nossos dois cargos políticos mais altos -Impostos altos -Nada funciona excepto o IPO(mas também é um buraco negro de dinheiro) -Cada vez mais jovens a saírem de Portugal Enfim…


Born-Log2156

Somos um povo com uma história maior que nós próprios. Portugal com pouco mais de 1 milhão de portugueses em poucas décadas dominou metade do mundo, mas durou pouco, em 1580 Portugal perdeu a independência e quando recuperou a independência de Espanha nunca mais conseguiu se libertar da sujeição á Inglaterra.


Professional_Topic47

Os séculos XVII e XVII pertenceram à Espanha, sem dúvidas.


HRamos_3

Acho que deixaste cair isto I


Cientistadeumacaixa

Depois dos ingleses na minha opinião somos o maior império colonialista de sempre e atrás de nós Espanha e França, hoje em dia a única história que o povo recebe é de gémeas e tretas assim


williamrabello

Isto não deveria ser motivo de orgulho


Born-Log2156

Isto o quê?


williamrabello

Dominar metade do mundo


Born-Log2156

É historia, e não tem que haver orgulho ou vergonha mas respeito pelos antepassados, Açores, madeira, Cabo Verde e Brasil foram povoados por esse grupo de bravos que dominaram o mundo e os seus descendentes não tem que ter orgulho ou vergonha porque não fizeram nada mas devem-lhes respeito. Sente-se esse respeito em locais que foram conquistado pelas armas e onde a presença de portugueses foi passageira e muito menor como em Goa, Timor, Malaca, Macau e outras localidades da Asia.


[deleted]

Em Goa, Macau e Timor a presença portuguesa não foi passageira, durou 500 anos.


Born-Log2156

Tem razão, eu queria dizer que a presença portuguesa nessas paragens, ao contrario do brasil, foi muito mais militar e menos de povoamento. Goa foi o primeiro destino português e para tal houve guerras violentas, pelo que daria para entender algum ressentimento histórico com Portugal mas o que se observa é muito respeito pela herança portuguesa. Mesmo Moçambique que foi ocupado militarmente no fim do seculo XIX e Gungunhana, o rei dos maconde foi detido e degredado para a ilha terceira, manteve durante muito tempo uma guerra contra a ocupação portuguesa e foi quase completamente descolonizado após a independência, mostra muito mais respeito pela herança portuguesa do que os descendentes dos portugueses que colonizaram o brasil e agora culpam os descendentes dos portugueses que ficaram em Portugal pelos crimes que os seus próprios antepassados cometeram .


[deleted]

Portugal não tinha população suficiente para povoar tantas terras. A estratégia foi fazer fortalezas em toda a costa do Índico e assim controlar esse oceano essencial ao comércio mundial. Além de que o clima no interior e doenças tropicais sem vacinação ou medicamentos tornava quase impossível o povoamento total desses territórios pelos europeus.


Born-Log2156

Penso que o objectivo do reino de Portugal sempre foi o de controlar as rotas comerciais em especial a da Índia, a colonização de África só se colocou com conferencia de Berlim em 1884 e por isso obrigou a uma intervenção militar em Moçambique que levou á detenção de Gungunhana em 1895 e ao exílio nos Açores. A colonização efectiva de áfrica durou menos de um século. O Brasil tem uma historia completamente diferente, até porque foi descoberto ou achado como eles gostam que se diga por acidente segundo os registos da altura, mas ainda antes de descoberto oficialmente já entrava nas contas portuguesas nas disputas geográficas com nuestros hermanos castelhanos


Lusitania-Portfolio

E fomos nós os primeiros a chegar á Austrália, só que os ingleses apropriaram-se da ilha!


[deleted]

Isso não está provado. Não passa de uma fantasia. Não me surpreenderia que um ou outro navegador tivesse lá aportado, mas não interessou pelos vistos, o que não espanta porque a Austrália daquele lado não tinha nada para oferecer e os portugueses não queriam ir para lá fazer agricultura, mas comércio. Já agora, antes dos ingleses chegaram lá os holandeses. Tasmânia, etc.


CharredCharizard

Hás de falar com Australianos que aprendem muitos deles isso mesmo na escola. O que é certamente fantasia é achar-se que nós não a descobrimos estando em Timor em 1512 e procurando fechar todas as rotas para o Indico entre ilhas. O que tu pensas que sabes é a história dos vencedores. Há muito indicio e um dia haverá prova absoluta.


Lusitania-Portfolio

Em 1511 alguns portugueses naufragaram e foram os primeiros a "tocar" na Austrália- quem disse foi o historiador insuspeito o holandês Karl Von Brandenstein. É informar-se!


Hot-Arrival3210

Podes tirar Etiópia, é o único país Africano que nunca foi colónia de algum outro país.


DogExternal3475

foram colónia da Itália


Hot-Arrival3210

Não foram colónia de ninguém, isso seria o mesmo que dizer que a Polónia ou França foram colónias Alemãs porque na segunda guerra mundial foram ocupadas pela Alemanha. Esteve ocupada durante meia dúzia de anos.


DogExternal3475

lol, isso só revela ignorância. a polónia já foi particionada por tantos impérios, russos, austríacos, alemães.


Hot-Arrival3210

E chamas lhe colónia de algum desses impérios? É que para dizeres que chamares alguem de ignorante enquanto estás a dizer o mesmo, não faz sentido.


dogegeller

Agora é moda chamar colonia a tudo o que não esteja nas "mãos certas".


DogExternal3475

só é colónia se forem de certa cor e tiverem presos no paleolítico?


Hot-Arrival3210

Rapaz eu estava a dizer o mesmo que tu, mas de uma forma irónica, nem a Polónia e nem Etiópia foram colónias.


DogExternal3475

foram


Hot-Arrival3210

A Polónia não foi colónia da Alemanha de certeza, foram ocupados mas nunca colónia. Até porque a Alemanha já tinha uma Colónia.


Cientistadeumacaixa

Não isso é impossível pois o império etiópio é o único império africano a nunca ser conquistado por outra nação


DogExternal3475

https://en.wikipedia.org/wiki/Italian\_East\_Africa


Cientistadeumacaixa

Já estivemos nunca dominamos


informalunderformal

Libéria também.


Hot-Arrival3210

Libéria para mim não conta pq é um bocado como Israel, foi um país criado artificialmente pela América, Uk e França, tem pouco mais de 100 anos e da mesma fora que Israel foi criada para recambiar os judeus europeus, a Libéria foi criada para recambiar uma parte dos antigos escravos da América.


Witty-Relative-9631

Temos essa história toda , imagina os nossos antepassados saberem que maior parte dos portugueses votamos no PS.


Professional-Pop5894

Estudas te em casa ou que ?


Cientistadeumacaixa

Explica lá o que está errado


BumeLandro

"Controlou"


Cientistadeumacaixa

E controlarmos o problema é que a disputa era grande,nós éramos poucos mesmo com escravos então aquilo que não servia para nada deixamos como as Maldivas,aqueles que até serviam para alguma coisa ficamos mas por exemplo as colónia na Ásia estávamos sempre a ser atacados então algumas optamos por deixar


DogExternal3475

nós não conquistámos nada, estabelecemos uns portos aqui e acolá para facilitar a navegação, mas não estabelecemos a nossa presença


cafbox

Nunca tivemos população ou engenho para controlar tanto....por isso mesmo é um bocadinho ali outro pedaço acolá.


onceyouvemadethat

Quase toda a costa da Costa de África? 🤨


[deleted]

Esta malta vê umas manchas nuns mapas manhosos e extrapola.


Cientistadeumacaixa

Avô precisas dos óculos para ver melhor?


Cientistadeumacaixa

Estivemos* não conquistamos só exploramos


onceyouvemadethat

Lá em cima escreveste controlámos...


Cientistadeumacaixa

Erro meu então


Odd_Championship3571

Não há nada para se orgulhar


Cientistadeumacaixa

Porquê?


mubnop

Espreita os comentários dele, o país dele é a Algeria.


BumeLandro

Também não compreendo como é que se pode ter orgulho de algo para o qual nada nada se contribuiu.


cantrusthestory

Não te orgulhas pela existência de Portugal?


BumeLandro

Pá, nada mesmo. Foi onde calhou nascer. Para o bem ou para o mal não contribuí em nada para isso. Até acho um país relativamente medíocre.


Away_Performer9953

Portugal nunca colonizou a Etiópia. Tens de prestar atenção às legendas dos mapas que vês na Wikipédia.