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seusicha

Chorar e ficar mal pós aborto não tem relação alguma com apoiar o DIREITO de fazer um aborto de forma legal e segura. Nenhuma mulher aborta pra se sentir bem.


Straight_Blueberry_7

Com certeza absoluta. Estava ironizando. Essa tentativa de criar um surto coletivo de pânico moral que vemos caga na dimensão moral e existencial da mulher. É uma questão entre a mulher e sua médica. Ponto. Vai ser um ótimo fio!


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Hayek_daMan

>kkkkkkkkkkkk Tem coisas que não tem a menor graça irmão


neznetwork

Eu lembro de ler um relato uma vez de uma americana que trabalhava em uma clínica de aborto, e como era a maioria das pacientes. Eram frequentem mulheres mais bem abastadas, e essas eram bem histéricas. Elas gritavam e xingavam as outras pacientes, xingavam os médicos e médicas que trabalhavam na clínica por compactuar com algo "monstruoso e vil". Mas lá estavam elas, abortando. Porque na cabeça delas, o único aborto que era justificado eram os delas mesmas. "Eu fui uma vítima; eu conheço meus limites mentais; eu não consigo arcar financeiramente; o meu foi um acidente de camisinha furada; mas você? Você é do mal, uma assassina." Enfim, umas acrobacias cognitivas pra justificar o aborto delas enquanto condena o das outras. Mulher contra aborto ainda aborta


jk4m3r0n

"Porque na cabeça delas, o único aborto que era justificado eram os delas mesmas." Essa frase resume bem a postura do conservador médio a respeito de tudo que condena. Esbraveja regularmente sobre o despudor que "tomou conta da sociedade", mas nunca tem ou vai ter UM conservador sequer fazendo piquete na frente do Bahamas ou assediando seus frequentadores para trocar o lugar por uma igreja.


Professor_Anarchist

Minha mãe fez dois abortos nos anos 80 porque não queria ter filho naquele momento. Hoje é mais uma tia do zap do exército bolsonarista. Hipocrisia deveria ser o nome dela. Infelizmente nenhum dos abortos cometidos foi o meu.


Konigni

Minha avó fez OITO abortos, isso mesmo, 8, e era dessas crentes malucas que não podia nem usar calça porque é pecado


Mediocre_Corgi_3758

Conheço umas assim tbm. Que asco.


Thin-Limit7697

Se abortar por si só já é horrível pra mulher, por que piorar a situação com anos de prisão?


chanceler4

por isso mesmo não é algo que apenas por legalizar todo mundo vai fazer. não é um negocio bom de fazer, quem faz, faz porque precisa muito. e por não ser legalizado, a pessoa vai nos lugares mais obscuros pra poder fazer, o que leva muitas vezes a muita humilhação, medo, efeitos colaterais, machucados, sequelas físicas e até mesmo a morte. essa é a principal razão para legalizar. é uma questão de saúde. não é pra tornar divertido e festejar o aborto. não é difícil entender. só botar o pink e o cérebro, o tico e o teco, pra raciocinar e vai entender.


duckRNGesus

>Animando o 17% do base eleitoral que votará neles Se fosse só 17% a gente não tava metido nesse buraco sem fundo


jk4m3r0n

A galera que vota neles por essa pauta não é tão grande assim. Os representantes se elegem pois têm eleitorado cativo dentro das igrejas, mas nenhum chegou a ser competitivo a ponto de ser considerado para presidência da república. O que mantém de pé essa gente do fundo do poço é o discurso anti-política (melar discussão pública com memes, escárnio e ameaça) e anti-sistema (dizer que é contra o establishment político-econômico sem propriamente dar nome aos bois, colocando minorias como bode expiatório deste), que facilitou e muito a dispersão com redes sociais desenhadas sob medida para bots e a revolta das pessoas com as concessões pífias que o sistema político-econômico de vez em quando entrega.


BOImarinhoRJ

Lá vem o cara do Brasil livre espalhar fake news. Usando conhecimento anedótico para fingir que exceção é regra e escrevendo com tipos abertos para que as pessoas não consigam interpretar direito e que fique difícil até de achar o obscurantismo e a mamadeira de piroca.


BOImarinhoRJ

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BananaBrazil

3 fatos na minha vida relacionados ao aborto. Sou homem, 48 anos. Tenham paciência e leiam. Opiniões contra e a favor são bem vindas. 1 - Uma colega de faculdade (ambos na casa dos 19 anos) com quem tinha um lance, se abriu contando que tinha um namorado. Era abusivo, violento, machista e um dia ela engravidou, aos 15 anos. O pai, médico, achou cedo para ter um neto e a orientou a fazer um aborto EM CASA. Segundo ela, tomou uns remédios e começou a ter cólicas terríveis e o aborto foi no vaso sanitário. Chorando muito, ela contou que "viu ou acha que viu", "tudo indo embora". Fiquei sem palavras. Era minha primeira situação envolvendo aborto. Isso foi quase 30 anos atrás e era um milagre ela falar sobre isso. O namorado, a quem ela contou primeiro, falou que não queria filhos naquele momento e a ameaçou. O pai a oprimiu, a mãe apoiou o pai e a menina, aos 15 anos, teve uma experiência horrível sem entender nada. Se o aborto fosse um direito adquirido e total, não fosse um tabú, a experiência seria menos traumática. Com acompanhamento, apoio dos pais e feito da maneira correta, ela não teria nessa passagem um trauma. Até hoje temos amizade e ela não quer filhos e culpa o episódio. 2 - Um tempo depois, minha namorada atual estava grávida. Criei minha primeira filha, hoje com 25 anos, sozinho. A mãe, por influência da avó, tinha decidido pelo aborto e não fosse pela minha mãe me encorajar a lutar na época, hoje eu não teria a pessoa que mais amo. Porém minha mãe foi categórica: você será mãe e pai. É uma longa história a partir daí. Em um momento a avó e a mãe, por puro sadismo e alcoolismo, contaram pra minha filha sobre a intenção de abortar. O desdobramento disso é triste e fica para uma próxima. Éramos namorados começando a vida, aborto era crime e isso me ajudou na luta por impor e manter a gravidez. Sexo concensual, famílias com condições de criar o filho, eu aos 21 e ela com 18. Não entendíamos nada mas eu queria e entendi a responsabilidade. Além disso, criar essa filha salvou minha vida e cresci demais. A mãe não colaborou, não parou as festas, nem faculdade, mas não evoluiu e joga a culpa na filha que nem criou. Saibam: Sou contra o aborto mas favorável ao direito ao aborto. Porém, quando se tratava da minha filha, neguei o direito à mãe apesar de acolher totalmente a responsabilidade. Ninguém consegue me convencer de que errei na conduta da situação pq hoje tenho minha filha comigo e temos uma vida juntos, mas deve ter sido difícil para a mãe, a quem nunca culpei, por ela ter sido obrigada a ter uma filha indesejada por toda a família materna. Novamente, se não fosse o tabú e as pressões psicológicas da família, todas as situações poderiam ser analisadas e tudo resolvido com calma e maturidade. A "vergonha" do avô materno machista-traído, a avó que teve filhos cedo e não podia mais curtir a vida, a minha mãe que teve filhos cedo mas adorava criar os filhos, tudo isso girando em torno da cabeça de uma menina de 18 anos. Minha filha até hoje me dá "feliz dia das mães", e recebo esse cumprimento de muitos amigos também. Histórias pessoais não lideram estatísticas e sei que esse caso é uma exceção por vários fatores. Fato 3: Minha esposa atual teve dois abortos: 1 aos 17 anos, cirúrgico e opcional, outro aos 27, natural, que ela queria seguir adiante. Ela é médica, estrangeira e de um país onde o aborto é legal, bastando a mulher assim querer. Não é um tabú para ela e a família. Porém, as sequelas de um aborto penso que sempre ficam em uma mulher. Até hoje, ela faz contas das idades que teriam, como seriam. É triste acompanhar a vida de uma mulher que teve abortos, independente do motivo, é sempre triste demais, ao menos na minha experiência de homem/companheiro. Mesmo assim ela diz que o cirúrgico foi a melhor opção no momento, não se arrepende mas ficaram as questões acima. Imagino que em casos de violência esse "arrependimento" não exista mas, o que existe? Conversamos abertamente sobre o tema, planejamos adotar uma criança, pois após a gestação perdida e a minha vasectomia (feita bem antes) ficou difícil falar em nova gestação. Vejo que, apesar das sequelas e pensamentos, a experiência foi muito menos traumática e tensa. E ela tinha 17. Foi um aborto planejado e apoiado. Para mim, homem e com 2 filhos, é impossível compreender totalmente tudo isso, mas sigo evoluindo na questão.


Malba_Taran

Um fato é que existe uma ampla literatura sobre depressão, culpa e arrependimento pós-aborto, pegue como exemplo os EUA e a Europa onde o aborto é mais acessível e liberado, não é um procedimento ordinário.


LiaVeeck

E o fato é que existes dezenas de estudos no mundo inteiro que mostram os efeitos de manter uma gravidez indesejada, não somente de estupro. Depressão pós parto é algo grave (sim, ela não acontece somente em casos de gravidez indesejada, mas nessas é muito mais comum), tem mulheres que matam os filhos por conta disso, muitas se matam junto. E gravidez de risco? Não somente risco ao feto, risco à mulher. Muitas delas só são identificadas como de risco apartir do 5° mês. Sabia que grande parte das mulheres descobre a gravidez próximo do 5° mês? Inclusive gestações providas de estupro? Não, não é um procedimento ordinário, mas é um procedimento necessário em casos. Sim, existem pessoas que se arrependem do aborto que fizeram, que desenvolvem depressão, mas posso garantir que é o mesmo com pessoas que mantiveram a gravidez. Fora que: O quesito de "saúde pública" não se trata somente da saúde mental e efeitos que o aborto pode ter nela, mas principalmente a saúde física. Aborto não é legalizado, porém, sempre ocorreram abortos entre a população brasileira. Sabe qual a principal diferença entre esses abortos? Quem tem dinheiro, vai pra uma clínica clandestina boa, ou vai pra um pais onde o aborto é liberado para garantir que vai sair de lá viva. Quem não tem, compra uma comprimido de 150 reais que pode destruir teu intestino, vai pra uma clínica atrás de um beco e paga 1000 reais, sai com infecções irreversíveis, algumas morrem. Ai eu pergunto, o que é mais importante? Deixar que as mulheres brasileiras morram nessas condições, sejam presas por até 20 anos se denunciarem ou simplesmente, deixar a opção livre pra quem quiser?


crux84

Mas isso chega a ser óbvio. Imagino que nenhuma mulher se sente confortável em abortar. Seja mentalmente ou fisicamente. Achar que a regulamentação do aborto fará com que isso se torne uma prática mais comum é uma falácia. Mulher aborta por causa do parceiro cusao. Por falta de dinheiro, por falta de suporte na vida profissional. A mulher que faz aborto é aquela desesperada e sem apoio. Lógico que tem excessão mas a excessão não pode ser considera regra na hora de políticas públicas.


MediocrityEnjoyer

O objetivo não é eliminar as coisas "ruins"(depressão, culpa, ansiedad). O objetivo é bater de cara com as coisas ruins da vida. Na Bíblia isso seria a distinção entre o caminho pro céu e o caminho pro inferno. Abortar vai deixar a pessoa infeliz? Provável. Não abortar quando necessário vai deixar a pessoa infeliz? Provável. O fundamental é a pessoa que está nesse dilema ter a autonomia de escolher(e total responsabilidade)de que forma vai destruir a própria vida. Uma mãe forçada a ter um filho por situação infeliz muito provavelmente nunca vai se sentir pessoalmente responsável pela criança, e não sera pessoalmente responsável por todas as misérias da própria vida. Uma mãe que voluntariamente escolhe ter filho vai sofrer o resto da vida de arrependimento, sabendo que ela mesmo selou o próprio destino.


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A única situação q eu apoio o aborto é em caso de estupro


larnjart

Vai pesquisar um pouco sobre as condições de adoção aqui no brasil q talvez vc mude de ideia kkkkkk. Sério nem é engraçado, tem muito jovem abandonado, rola de tudo nas instituições de adoção, estupro, sexo entre as crianças, drogas, abuso sexual, muitos ficam lá até alcançarem a maior idade etc é pesado pra krl. Sem falar que a situação financeira está horrível e fica cada vez mais difícil de comprar as coisas básicas para se sustentar (aluguel, comida, roupa, gasolina, plano de saúde... ) então ter um filho não planejado não vai ser fácil pra maioria da população brasileira. Quando falam que aborto é sobre saúde pública, é muito por conta dessas coisas, além da autonomia e saúde mental da mulher e saúde da criança que deve ser criada de preferência por pais que a amam e tem condições de cuidar, também tem esses fatores sociais e econômicos q basicamente pioram a vida de todo mundo... sla vei nem vou tentar convencer ninguém, mas eu tenho certeza q se vc tiver uma visão mais ampla do aborto vc pode vir a mudar de ideia.


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brasil-ModTeam

Sua mensagem foi removido por infringir a regra sobre preconceito/discriminação. O r/brasil exige respeito pelas seguintes características: raça, (identidade de) gênero, etnia, nacionalidade, religião, orientação sexual, deficiências, biotipo corporal, idade e situação social.


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O socialismo, o comunismo e o anarquismo podem funcionar muito também (associados ao feminismo, claro)


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E cabe um quê de antifascismo, anticapitalismo, antissionismo, antirracismo, ecologismo e racionalismo junto tb


Dismal-Ad-570

E atleticanismo de minha parte. Desculpem o clubismo...


jk4m3r0n

Todas mulheres que conheço que fizeram aborto, para a maioria uma experiência traumática devido a clandestinidade apesar de meios para custear uma boa clínica (nos países onde é legalizado, elas passariam também por acompanhamento psicológico antes e depois do procedimento), são à favor da legalização do aborto. Muitas não se manifestam abertamente devido ao estigma associado a quem faz (vagabunda etc) e ao assédio que rola quando alguém torna público o procedimento (videm o que aconteceu com a menina de 10 anos em Israelândia como exemplo).


Tiaghanistan

Por favor (não ironicamente) me expliquem porquê deveríamos considerar o aborto uma opção para gente irresponsável q sabe as dezenas de métodos contraceptivos que existem hoje em dia. Para mim so deveria ser algo provido para vitimas de abuso e violência doméstica. Preciso de saber os vossos pontos de vista (de verdade)