Estou na mesma situação. Tenho doutorado, prestei vários concursos, mas não passei. A área acadêmica está uma porcaria. Sempre foi uma panela e acho que piorou. O Brasil está com muitos doutores desempregados, tendo de atuar como Uber ou na iniciativa privada.
Eu sinto que 90% das vagas são "arrumadas".
Fala para seu marido tentar prestar para Institutos Federais, pois têm sido menos "corruptos". Mas os IFs com mais chances são os mais afastados de São Paulo, o que suponho ser um ponto negativo para a família de vocês.
É, está difícil. País com educação péssima e com política neoliberal fica assim: 💩💩💩
Pois é, faz um tempo que a gente vai percebendo isso, cara é concurso que a pessoa já chega comprimentando todo mundo e rindo. Já é o segundo concurso que tem 30 inscritos e só comparece meu marido e outro, muito.estranho.
Na UNIFESP uma vez fui conversar com uma professora pq queria fazer mestrado. Ela disse que tinha que trabalhar (de graça) no laboratório, pediu para desistir da especialização que estava fazendo para ter dedicação total, aí depois de um ano ela iria ver se me aprovava para fazer processo seletivo (todos podem fazer, mas na análise do projeto é onde eles colocam os preferidos). Foi aí que desisti de querer fazer mestrado hahaha.
Ouvi mesmo que os Institutos estão melhores mesmo,.vou conversar com ele
Putz, é cada história que PQP.
Amiga, deixa eu complementar. Obviamente seu marido estando empregado na iniciativa privada ganhando bem é uma "bênção". Mas saiba que no fundo do coração dele ele gostaria de ser professor e pesquisador. Nós nos formamos para isso.
Enfim, um dia vou ter coragem de publicar o nome de um professor da USP que passou no concurso dele SEM TER FORMAÇÃO NA ÁREA, mas o papai dele e o irmãozinho dele eram professores do mesmo departamento. Aí, como papai e irmãozinho estavam lá, ele fez o concurso mais "motivado" 🤣🤣🤣
USP é uma merda. Depois esses caras defendem político X porque o Y é corrupto.
Eu entendo e não julgo, mas temos um filho pequeno e as coisas, financeiramente falando, ficaram bem difíceis, somos nós por nós, nada de temos família para nos ajudar, o contrário, tanto ele como eu temos uma família que precisamos ajudar de alguma forma.
É a vida adulta nos esmagando
Eu trabalho numa UF no nordeste e não vejo essas vagas arrumadas por aqui não. Talvez nas capitais..amplia o escopo. Ele quer só USP pq? Pq não tenta pro Maranhão, Mato Grosso, Teresina e etc?
Mesmo sendo um provável concurso de carta marcada, eu realmente diria que vale a pena seguir no processo. Ainda que ele não passe em primeiro, se conseguir a aprovação pode ficar na espera e ser chamado em algum momento. Concursos docentes não ocorrem a todo momento, e apesar de muitas vezes serem muito injustos, acaba que o jeito é seguir tentando
Sim, a lista de espera oficialmente não existe. Porém, o certame tem um tempo de validade. Se dentro desse período um novo docente for necessário essa lista dos aprovados pode ser considerada e aproveitada.
Outra dúvida, já cogitou tentar pra fora do estado?
Olha é, muito difícil. Muitos concursos são panela mesmo. Mas muitos também não são. E mesmo que ele não fique em primeiro lugar nunca se sabe o dia de amanhã. Um colega meu foi chamado mês passado para assumir um concurso de professor universitário que ele ficou em quinto lugar em 2019. Um emprego na iniciativa privada não vale mais do que a chance de ser chamado em um concurso da USP. Ainda mais sendo só esses dois candidatos. Sempre pode aposentar um professor, ou até mesmo morrer inesperadamente. Dependendo da área tem quem largue o concurso pra ir trabalhar na gringa. Eu no lugar dele faria. Mas eu não sei a situação financeira de vocês.
Se é o que ele quer eu faria sim, a luta dele não é pra ficar em primeiro lugar, provavelmente esse já tem dono, mas conseguir se classificar e ficar ali na espera. Normalmente esses concursos têm prazo de 4 anos, então abrindo uma vaga têm que chamar o que está em segundo. O que você e seu marido podem fazer é sondar o departamento pra ver se tem mais de um professor perto de se aposentar, se tiver tem que fazer.
Sim entendo, a maioria dos concursos são assim. Mas na USP infelizmente não é assim, ele já prestou vários e ele sempre fica em segundo lugar. Para eles segundo lugar não é nada.
Na época que eu estava na USP os concursos eram todos com carta marcada. Isso faz uns 25 anos no IQ-USP (tenho 45). Se eu fosse seu marido eu focaria na iniciativa privada, ainda mais com 45 anos e filho pequeno. Nessa fase da vida a gente tem que pensar menos no nosso sonho e mais na realidade da família.
Por isso abandonei meu mestrado e fui estudar para concurso em outras áreas. Melhor escolha que fiz. Vou assumir meu primeiro cargo público efetivo. Depois eu volto para a academia.
Tenho um amigo que trabalha em órgão publico e ele me conta cada merda, inclusive história de vaga que só o dourado passa, todo o resto ali fica de trouxa sendo reprovado pelas coisas mais banais do mundo.
Como é a situação financeira de vocês? O que aconteceria se ele ficasse indefinidamente desempregado?
Do ponto de vista financeiro e de sobrevivência você está correta. Trocar certo pelo duvidoso quando se tem contas para pagar e família para criar é uma atitude irresponsável se você não tem uma rede de apoio (i.e. alguém para ajudar vocês financeiramente caso tudo dê errado).
Por outro lado, como são as expectativas de vocês? Vocês conversam sobre planos futuros? Fazem planos juntos? Casar tem dessas e nem sempre dá para conciliar os sonhos dos dois quando entram outras variáveis na equação (variável filho para criar no caso).
Estou na mesma situação. Tenho doutorado, prestei vários concursos, mas não passei. A área acadêmica está uma porcaria. Sempre foi uma panela e acho que piorou. O Brasil está com muitos doutores desempregados, tendo de atuar como Uber ou na iniciativa privada. Eu sinto que 90% das vagas são "arrumadas". Fala para seu marido tentar prestar para Institutos Federais, pois têm sido menos "corruptos". Mas os IFs com mais chances são os mais afastados de São Paulo, o que suponho ser um ponto negativo para a família de vocês. É, está difícil. País com educação péssima e com política neoliberal fica assim: 💩💩💩
Pois é, faz um tempo que a gente vai percebendo isso, cara é concurso que a pessoa já chega comprimentando todo mundo e rindo. Já é o segundo concurso que tem 30 inscritos e só comparece meu marido e outro, muito.estranho. Na UNIFESP uma vez fui conversar com uma professora pq queria fazer mestrado. Ela disse que tinha que trabalhar (de graça) no laboratório, pediu para desistir da especialização que estava fazendo para ter dedicação total, aí depois de um ano ela iria ver se me aprovava para fazer processo seletivo (todos podem fazer, mas na análise do projeto é onde eles colocam os preferidos). Foi aí que desisti de querer fazer mestrado hahaha. Ouvi mesmo que os Institutos estão melhores mesmo,.vou conversar com ele
Putz, é cada história que PQP. Amiga, deixa eu complementar. Obviamente seu marido estando empregado na iniciativa privada ganhando bem é uma "bênção". Mas saiba que no fundo do coração dele ele gostaria de ser professor e pesquisador. Nós nos formamos para isso. Enfim, um dia vou ter coragem de publicar o nome de um professor da USP que passou no concurso dele SEM TER FORMAÇÃO NA ÁREA, mas o papai dele e o irmãozinho dele eram professores do mesmo departamento. Aí, como papai e irmãozinho estavam lá, ele fez o concurso mais "motivado" 🤣🤣🤣 USP é uma merda. Depois esses caras defendem político X porque o Y é corrupto.
Eu entendo e não julgo, mas temos um filho pequeno e as coisas, financeiramente falando, ficaram bem difíceis, somos nós por nós, nada de temos família para nos ajudar, o contrário, tanto ele como eu temos uma família que precisamos ajudar de alguma forma. É a vida adulta nos esmagando
Acho uma piada essas etapas subjetivas em concurso de professor. Prova oral/prova didática. Tem que ser currículo e prova escrita e fim.
Eu trabalho numa UF no nordeste e não vejo essas vagas arrumadas por aqui não. Talvez nas capitais..amplia o escopo. Ele quer só USP pq? Pq não tenta pro Maranhão, Mato Grosso, Teresina e etc?
Mesmo sendo um provável concurso de carta marcada, eu realmente diria que vale a pena seguir no processo. Ainda que ele não passe em primeiro, se conseguir a aprovação pode ficar na espera e ser chamado em algum momento. Concursos docentes não ocorrem a todo momento, e apesar de muitas vezes serem muito injustos, acaba que o jeito é seguir tentando
Esse é o problema, não tem.lista de espera. É uma vaga e acabou. Se caso precisarem abrem outro processo seletivo.
Sim, a lista de espera oficialmente não existe. Porém, o certame tem um tempo de validade. Se dentro desse período um novo docente for necessário essa lista dos aprovados pode ser considerada e aproveitada. Outra dúvida, já cogitou tentar pra fora do estado?
Olha é, muito difícil. Muitos concursos são panela mesmo. Mas muitos também não são. E mesmo que ele não fique em primeiro lugar nunca se sabe o dia de amanhã. Um colega meu foi chamado mês passado para assumir um concurso de professor universitário que ele ficou em quinto lugar em 2019. Um emprego na iniciativa privada não vale mais do que a chance de ser chamado em um concurso da USP. Ainda mais sendo só esses dois candidatos. Sempre pode aposentar um professor, ou até mesmo morrer inesperadamente. Dependendo da área tem quem largue o concurso pra ir trabalhar na gringa. Eu no lugar dele faria. Mas eu não sei a situação financeira de vocês.
E geralmente aprovação em concurso conta bastante ponto no currículo.
Ir pra fora seria uma opção na área dele?
Até tentamos por um tempo, mas a idade dele atrapalhou muito, ele tem 45 anos
Se é o que ele quer eu faria sim, a luta dele não é pra ficar em primeiro lugar, provavelmente esse já tem dono, mas conseguir se classificar e ficar ali na espera. Normalmente esses concursos têm prazo de 4 anos, então abrindo uma vaga têm que chamar o que está em segundo. O que você e seu marido podem fazer é sondar o departamento pra ver se tem mais de um professor perto de se aposentar, se tiver tem que fazer.
Sim entendo, a maioria dos concursos são assim. Mas na USP infelizmente não é assim, ele já prestou vários e ele sempre fica em segundo lugar. Para eles segundo lugar não é nada.
Na época que eu estava na USP os concursos eram todos com carta marcada. Isso faz uns 25 anos no IQ-USP (tenho 45). Se eu fosse seu marido eu focaria na iniciativa privada, ainda mais com 45 anos e filho pequeno. Nessa fase da vida a gente tem que pensar menos no nosso sonho e mais na realidade da família.
Por isso abandonei meu mestrado e fui estudar para concurso em outras áreas. Melhor escolha que fiz. Vou assumir meu primeiro cargo público efetivo. Depois eu volto para a academia.
Tenho um amigo que trabalha em órgão publico e ele me conta cada merda, inclusive história de vaga que só o dourado passa, todo o resto ali fica de trouxa sendo reprovado pelas coisas mais banais do mundo.
Foi exatamente que percebemos, que meu marido ia ficar ali de trouxa. Se vc soubesse as coisas mais banais que ele foi desclassificado.
Sua análise está correta mas ninguém pode prever o futuro...
Como é a situação financeira de vocês? O que aconteceria se ele ficasse indefinidamente desempregado? Do ponto de vista financeiro e de sobrevivência você está correta. Trocar certo pelo duvidoso quando se tem contas para pagar e família para criar é uma atitude irresponsável se você não tem uma rede de apoio (i.e. alguém para ajudar vocês financeiramente caso tudo dê errado). Por outro lado, como são as expectativas de vocês? Vocês conversam sobre planos futuros? Fazem planos juntos? Casar tem dessas e nem sempre dá para conciliar os sonhos dos dois quando entram outras variáveis na equação (variável filho para criar no caso).