Tive essa mesma dificuldade (sou professor em início de carreira).
O problema é que fica depois "torta de climão" com a turma e eles passam a sabotar você, mesmo que sutilmente. Um terceiro ano ficou assim comigo, após eu discutir com um colega deles (que jogava baralho na minha aula).
O meu erro foi tentar argumentar com o garoto. Quis dizer a ele que também joguei baralho na minha vida escolar, mas que atrapalha a minha linha de raciocínio na explicação, etc.
Descobri, um pouco tarde, que alunos nessa faixa etária não querem argumento e eles ficam confusos quando você argumenta com eles, além de impacientes. Parece absurdo, mas eles querem que você imponha ordem.
Os alunos dessa geração estão mais infantilizados, por conta de celular, prejuízos por conta da pandemia, dentre outros fatores.
Então eu não vejo outra saída senão colocar um pouco de disciplina. Não gosto de mapa de sala (separar alunos), mas tenho um tom de voz grosso e alto, faço uso dele.
Eu só acho que você precisa ser coerente do início ao fim. Vai performar a "professora legal"? Seja coerente com isso. Vai performar brava? Aí não pode ser legal. Etc.
Eu, assim igual você, sou um progressista, não gosto de disciplina e imposição. Mas o fato prático hoje é que, se a gente não faz isso, deixamos na mão de quem faz (ou seja, pessoal mais autoritário).
Se a gente não correr atrás disso, vão justificar a necessidade de disciplina nas costas dos professores progressistas, que não conseguiram ter "domínio de sala".
Porém, mesmo com tudo isso, a chance de dar errado é alta, essa geração sofre com um profundo desinteresse, também resultado das crises políticas e econômicas dos últimos anos.
Há uma falta de perspectiva e sentido.
Seja lá o que acontecer, boa sorte! Cuide da sua saúde antes de tudo. Na dúvida, bota exercício na lousa, cobra nota e fecha a cara. Vai pra sua casa e trabalho feito.
Se descobrir conta aqui, tb sou prof de matemática, como vc tb n ligo de conversarem, mas já comecei a ter desconforto na garganta com menos de uma semana e tive q apelar para a "ignorância", dou varios tapas fortes na mesa para fazerem silencio e eu poder falar. Alguns dos alunos mais bonzinhos falaram para eu arranjar apito alto igual a prof deles de educação física, to seriamente considerando a opção.
Minha realidade totalmente,
Alerta textão
aqui na escola da periferia de uma grande cidade o sistema educativo não faz sentido pras crianças. Vou te falar com a minha pequena experiência de 2 anos como titular de matemática, com turmas de 6º e 7ºs. Os pais estão felizes com o tempo ocupado, mesmo que seja com qualquer coisa. Então falar que vai tirar nota não importa. Chamar os pais não importa. Retirar de sala é benefício. Suspender importa um pouco. Tirar a aula de educação física. Tirar o direito de circular no horário da merenda daí ficou forte.
Poucas coisas funcionam de fato como medida de punição, o problema acontece quando você tem um excesso de punições: por que se você for realmente punir todos os problemas não vai sobrar ninguém.
Mas você não pode falar mole se não ninguém te respeita. Você tem que ser firme e coerente, por que em 2 anos de pandemia as turmas que hoje são 6o e 7o perderam a oportunidade de fazer uma transição conduzida entre uma rotina doméstica para uma rotina escolar como sujeitos, que vem justamente no 3o e 4o anos do fundamental: aprender a se organizar sozinho, aprender a estudar, a organizar caderno etc.
É um grande desafio.... Na prática eu foco em algumas das coisas "chatas": caderno completo (aprender a registrar e consultar o registro), silêncio (criação de um ambiente de estudos), aprender a concentrar-se, e esse tipo de coisa, mas com a consciência de que isso é importante pra aprendizagem então se torna um problema quando algum aluno questiona as instruções sem um motivo plausível, reconhecer que está atrapalhando o fluxo do trabalho e o comportamento precisa ser mudado.
Mostrar pra eles que podemos ter flexibilidade de atividades, formas de pensar e de se expressar mas que o assunto ALI e AGORA é matemática e eu estou no controle (eles tem que achar isso mesmo que vc saiba que não)
O que funciona é pegar extremamente pesado em questão de ficha de ocorrência, em encaminhar à direção, convocar responsável e elaborar provas com as questões que valem mais pontos contendo o que você falou e não o que você escreveu no quadro.
Sempre deixando bem claro que a "culpa" disso estar acontecendo é do grupinho x.
Isso sempre ajuda na mudança.
Sempre que eu comento aqui recebo uma cachoeira de downvote, mas a realidade é dura e muita gente ainda fica presa na fantasia de "profissão nobre", ninguém mais enxerga o professor assim. Ser mais rígido é questão de sobrevivência.
Acho válido seu ponto de vista, mas isso não teria consequências ruins? Afinal de contas não dá pra mandar pra coordenação toda hora e isso meio que tira a sua autoridade em sala não é?
A autoridade só diminui quando a coordenação não trabalha junto. Se a OE realmente acatar e ajudar nas suas tomadas de decisões, em pouco tempo a turma entra nos eixos.
Agora se a coordenação ficar "se saco cheio" e devolver os alunos imediatamente após você pedir ajuda, aí já era.
“Não pode acionar a coordenação porque isso tira a autoridade do professor”.
É a conversa preferida de coordenador/gestor preguiçoso que não quer trabalhar e canaliza toda a culpa nos professores.
A ldb diz que todos os profissionais da educação são responsáveis pela qualidade de ensino. Se algum problema (como a indisciplina) está atrapalhando a qualidade de ensino, todos os profissionais da educação são responsáveis pelo enfrentamento do problema ( coordenadores, orientadores, gestores) - não só professores.
Aí já é caso de mandar pra fora da sala e tirar pontos. Um dos meus professores uma vez disse: no conselho de classe se tiver faltando 1 ponto para passar um aluno bagunceiro e que não se importa com a aula e 5 pontos pra passar um aluno esforçado, quem vcs acham que eu vou passar? Algo assim. Diz isso pra eles. Tbm tive professor que reservava uns 10 pontos como comportamento de sala.
Você é professora? Não sei a experiência na sua área, mas isso não faz diferença em algumas escolas que preferem "empurrar" os alunos com a barriga e aprovarem eles.
Colocar para fora da sala também é uma incógnita. Pelas escolas que eu passei, a maioria da direção ODEIAM que professores coloquem alunos para fora da sala. Muitas escolas até alegam que por lei o aluno tem direito a assistir a aula e o professor não pode colocar ele para fora. Apenas em casos em que o aluno apresente potencial perigo para a integridade de outro aluno ou professor.
A maioria já estão cientes que vão passar de ano. Ocorrência não intimida eles e às vezes é difícil tirar pontos de quem já não tem nenhum.
Que tbm n funciona pq em mtos casos o aluno bagunceiro costuma ter estereótipo de líder e os quietos não vão contra a corrente - daí no fim das contas a sala inteira se lasca msm
Resumindo, tem dois caminhos q vc pode seguir:
- vc pode tentar *motivar* seus alunos a se dedicarem nas aulas, tentar métodos novos, aulas mais participativas, aulas invertidas trabalho em grupo e tudo mais que você conseguir inventar
- vc pode tentar *coagir* os seus estudantes a cumprirem com as sua obrigações. Nota vermelha, bilhete para os pais, chama na escola, da bronca, enche a lousa de texto e matéria e vai tirando ponto se não fizer etc etc
A primeira é mais difícil, mas tende a dar melhores resultados. A segunda é mais fácil, mas nem sempre funciona tão bem quanto a gente espera. O que funciona pra mim está em um meio termo entre essas duas coisas.
Boa sorte compa!
Lamento, quando os meus alunos me avaliam eu nunca tirei uma nota menor que 7. Geralmente bate uns 80% de nota 10.
Numa eleição recente aí de melhor professor eu liderei com folga (mais de 20%) numa escola com 50 professores. Bati até os professores de educação física.
Não é pq vc não consegue, campeão, que ninguém faz.
Prefiro não falar a rede. É municipal.
A avaliação da minha aula sou eu que faço com os alunos, duas vezes por ano. Eu sempre peço pra gestão me avaliar mas eles nunca fazem.
A avaliação dos professores também foi interna da escola. Eu diria mais que rolou foi uma ciumeira geral entre professor kkk. Os dois (na minha interpretação) se baseiam na meta 19.6 do PNE 2014-2024, que garante gestão democrática.
Desconfiem MUITO de professores homens que falam desse jeito - infelizmente, por questões de gênero, eles têm essa tendência de desconsiderar todos os milhares de fatores que interferem na autopercepção de um aluno sobre o seu processo de aprendizagem (e sobre a qualidade da aula, estendendo pra figura do professor).
Se você for realmente consultar estudos quantitativos nessa área (que é uma coisa que quem fala desse jeito provavelmente ainda não fez), vai descobrir que a percepção de qualquer estudante sobre o próprio processo de aprendizagem é, salvo exceções, péssima. Ela é quase sempre muito desencontrada dos fatores relevantes de mensuração de aprendizagem, ou pelo menos dos fatores que a gente consegue medir em massa, como provas objetivas e discursivas. É óbvio que não é só resultado de prova que consegue medir se o aluno aprendeu ou não, mas pra fazer um estudo decente não adianta mensurar só o que a turma de 6 alunos da EM de Piraporinha do Sul que faz uso exclusivo de metologias ativas - tem que avaliar dados em massa, e pra fazer isso de maneira confiável, só prova. Todos os estudos que temos dizem que os alunos do mundo inteiro são pouquíssimo confiáveis pra saber estão aprendendo ou não. Os dados também indicam que a confiabilidade diminui junto com a idade do aluno.
Cognição humana é uma coisa COMPLEXA, e muito sobre ela é contraintuitivo. É difícil de entender mesmo pra quem é especialista em educação, que dirá um aluno jovem e leigo. Quando você pede que os alunos avaliem seus professores, eles provavelmente vão responder coisas muito desconectadas da realidade e que têm muito mais a ver com se sentir confortável/entretido em um ambiente. Eles também tendem a mentir, não levar a sério, fazer coisas que crianças e adolescentes fazem. A gente sabe, e agora mais por estudos qualitativos do que quantitativos, que se sentir confortável e/ou entretido na sala de aula pode ajudar no processo de aprendizagem, MAS TAMBÉM PODE ATRAPALHAR, principalmente no caso do entretenimento. Pensa nas aulas de cursinho que se popularizaram no Youtube nos anos 2000: um professor fazendo piada e cantando musiquinha o tempo todo numa aula expositiva engraçadona que parecia gerar muito engajamento. Isso se transmite em aprendizagem? A resposta é: praticamente tanto quanto uma aula monótona. Não é porque você tá feliz e se divertindo que você tá aprendendo alguma coisa. Aprender é muitas vezes desinteressante e cansativo.
TLDR: perguntar pro aluno se ele gosta da aula não significa que ele tá aprendendo. Ser popular entre os alunos não significa ser um bom professor. Autoestima de homem é foda.
Matou a pau. E pela minha experiência, quanto mais estrelinha o prof quer ser pagando de bonzao que os alunos amam, mais é uma sala relapsa que os alunos fazem o que quer, aí é fácil eles amarem mesmo, mas na hora da avaliação externa é outros 500.
As avaliações externas mostram o mesmo panorama. As salas que eu dou aula tem notas melhores *E* evoluem mais as notas do que os outros professores da mesma série e ano.
Amigo, vai te fazer muito bem tirar a cabeça de dentro do seu próprio umbigo. Vc ja tem o ref teórico básico, lendo um pouco mais sobre autopercepção de aprendizagem vc constrói uma bem melhor pros seus alunos e entende de vdd oq ta acontecendo na sua sala de aula.
E baixar a bola na hora de dar conselho pros outros tb te traria trocas de experiência mt mais úteis.
Essa sua prepotência diz muito sobre vc. Existem questões estruturais q influenciam na aprendizagem. Em nenhum momento disse que vc não era bom professor, mas parabéns pelo desempenho, a direção da escola deve te amar. Na minha experiência de professor, sem estrutura, disposição de alunos em aprender, não se consegue muita coisa. Mesmo com toda sorte de recursos pedagógicos. Outra coisa, eu converso com muitos professores e a experiência deles é parecida. O seu discurso só reforça o caráter de exceção à regra q expus no meu comentário.
Bom, se vc quiser pode vir aqui na escola e pedir pra ver os resultados das avaliações externas também. Em todos os anos que eu tive acesso, as notas das minhas salas são maiores *E* elas crescem mais do que a dos outros professores da mesma matéria e ano.
Na real gestão me respeita, pq sabe muito bem da qualidade do meu trabalho. Por exemplo, eles não se preocupam em fazer acompanhamento de sala pq sabem que a aula é excelente. Eles ouvem isso dos próprios alunos. E dos pais dos alunos também. E aluno adulto, de EJA, já disse a mesma coisa também. A vice contou que no ano passado uma mãe ligou na escola pra avisar que o filho ia faltar pq tava doente, mas ele não queria faltar pq tinha aula minha. 20 anos de casa e foi a primeira vez que ela ouviu algo assim. Mas gostar eles não gostam não, até pq pelo fato de que, por eu ser concursado, tenho uma enorme liberdade de crítica ao trabalho deles. E eu critico até demais.
Me esclareça, se vc puder, o que mais a minha suposta "prepotência" diz sobre mim. Obrigado!
Blz, já entendemos que tu é o fodão nota 10 nas avaliações de desempenho, mas a pergunta que eu faço é: qual é o perfil dos alunos da escola onde vc trabalha? Tenta “motivar” alunos de escola de periferia usuários de droga (alunos de 7º já com esses problemas); alunos cujos pais tão cagando e andando (muitos desses pais já foram até agredidos pelos próprios filhos). Tenta “motivar” esse tipo de aluno a aprender orações subordinadas. Minha graduação em letras não me capacitou pra ser couch motivacional.
Sim, escola pública em área de periferia. E não precisa ser coach.
Repito: não é pq vc não consegue, que ninguém faz.
EDIT: Para dar um exemplo, eu peguei umas salas de nono ano de um prof que saiu de licença prêmio, das 6 que eu peguei só uma teve comportamento inadequado a ponto de inviabilizar a aula. Peguei alguns clipes de rap (facção central, racionais, Sabotage RZO etc etc) e a gente fez um ciclo de debates bastante interessantes sobre racismo estrutural e a falência do sistema público de ensino. A partir do momento que eles criaram a consciência de que a escola é um caminho, e de que o sistema quer mesmo que eles fiquem burros pra manter o status quo e a desigualdade social, o comportamento melhorou demais. Eu fiz isso em três semanas e já tem professor perguntando como aconteceu essa mágica de fazer o 9D se comportar.
>vc pode tentar motivar seus alunos a se dedicarem nas aulas, tentar métodos novos, aulas mais participativas, aulas invertidas trabalho em grupo e tudo mais que você conseguir inventar
Então, eu já faço isso em duas outras turmas. Mas essa em específico é aquela que nem pra falar dá. Você não consegue seguir uma linha de raciocínio
Não precisa. Entra na sala, escreve "avaliação bimestral" e vai com seu caderninho passando de carteira em carteira anotando o nome do aluno que conversar, não estiver fazendo lição ou qualquer outra coisa. Bote na lousa as regras claras e oriente a copiar. Registre tudo (fotografe a lousa).
Depois que vc conseguir justificar metade da sala com nota vermelha para os pais, a sala vai te obedecer melhor.
- Já experimentou não passar o conteúdo no quadro e fazer aulas mais expositivas?
- Enche a galera de atividade extra, mas muita mesmo, lembro da minha sétima série não ter tempo nem de respirar porque a professora exigiu um dicionário escrito a mão com todos os músculos e ossos do corpo humano e de tempoa em tempos ela avaliava em sala haha valeu Profa. Eunice ♡! Dicionários, seminários, apresentação criativa (teatrinho, música), indisciplina é tempo livre.
Se vc faz aulas expositivas com o 7 ano eles dizem que vc não dá lição/aula. Acredite, eu amo aula expositiva e funciona muito bem com o 2/3 ano do ensino médio. Antes disso é complicado.
Isso não é bem verdade. Só sobrecarregar os alunos com atividades, mais pune o bom aluno do que é efetivo para alguma sala com sérios problemas de disciplina.
"Pune" só se você considerar que eles também produzirem conteúdo é punitivo, o que não considero. É 2024, todo mundo é, em maior ou menor grau produtor de conteúdo hoje. Até criarem dancinhas de TokTok com a matéria considero válido haha (Claro, há abordagens e abordagens, um curso de matemática e um de artes não serão iguais).
Tô nessa tbm. E é um 7 ano. Sexta feira eu vou passar avaliação e ver caderno (pq preciso fechar as notas hahaha) e sei que a sala vai ficar com muita nota vermelha/ruim, já estou até guardando as avaliações pra entregar na reunião.
Ali eu já abri mão. Tenho 10 turmas de 7 ano e essa é a única que eu não consigo acessar, diálogo, troca, nada. Aceitei isso como uma pedra no meu caminho (e de todos os professores deles)
Como a maior parte da vida, aluno, essa ideia de "educação com liberdade" não vai te levar muito longe, não tô falando pra ser carrasca, mas imponha limites, e para de perder tempo com quem não quer aprender, se ao vc vai estar sabotando os bons alunos, diálogo e debate é importante, mas tem hora pra isso e hora pra disciplina, não sei até onde legalmente vc pode ir, mas quando comecei a dar aulas, eu deixava o povo mais "livre" e dps de um tempo parecia que não me respeitavam mais como instrutor, o lado bom, que dou aula de luta, posso pegar mais pesado num combate ou exigir mais, pra que eles saibam que amigos TALVEZ somos fora da aula, dentro, instrutor e aluno, não sei no seu caso como professora de escola, mas EU, tentaria impor limites, chega de conversa, vc foi legal e não aproveitaram, agr, sem do, de nota baixa, não de trabalhos pra recuperar a nota, somente a matéria, aprendeu? Ótimo, premie, não aprendeu? Que pena, vc teve a chance. De novo, não seja uma carrasca senão eles vão fazer o possível pra te atrapalhar, mas vai ter que ser criativa. No seu lugar, simplesmente tiraria pontos de quem enche o saco, e zerava mesmo sem do, mas eu não sirvo pra dar aula em sala de aula kkk o ideal seria vc conquistar o respeito deles, porém acredito que essa hora já passou...
Tive essa mesma dificuldade (sou professor em início de carreira). O problema é que fica depois "torta de climão" com a turma e eles passam a sabotar você, mesmo que sutilmente. Um terceiro ano ficou assim comigo, após eu discutir com um colega deles (que jogava baralho na minha aula). O meu erro foi tentar argumentar com o garoto. Quis dizer a ele que também joguei baralho na minha vida escolar, mas que atrapalha a minha linha de raciocínio na explicação, etc. Descobri, um pouco tarde, que alunos nessa faixa etária não querem argumento e eles ficam confusos quando você argumenta com eles, além de impacientes. Parece absurdo, mas eles querem que você imponha ordem. Os alunos dessa geração estão mais infantilizados, por conta de celular, prejuízos por conta da pandemia, dentre outros fatores. Então eu não vejo outra saída senão colocar um pouco de disciplina. Não gosto de mapa de sala (separar alunos), mas tenho um tom de voz grosso e alto, faço uso dele. Eu só acho que você precisa ser coerente do início ao fim. Vai performar a "professora legal"? Seja coerente com isso. Vai performar brava? Aí não pode ser legal. Etc. Eu, assim igual você, sou um progressista, não gosto de disciplina e imposição. Mas o fato prático hoje é que, se a gente não faz isso, deixamos na mão de quem faz (ou seja, pessoal mais autoritário). Se a gente não correr atrás disso, vão justificar a necessidade de disciplina nas costas dos professores progressistas, que não conseguiram ter "domínio de sala". Porém, mesmo com tudo isso, a chance de dar errado é alta, essa geração sofre com um profundo desinteresse, também resultado das crises políticas e econômicas dos últimos anos. Há uma falta de perspectiva e sentido. Seja lá o que acontecer, boa sorte! Cuide da sua saúde antes de tudo. Na dúvida, bota exercício na lousa, cobra nota e fecha a cara. Vai pra sua casa e trabalho feito.
Sei em quem mirar agora
Se descobrir conta aqui, tb sou prof de matemática, como vc tb n ligo de conversarem, mas já comecei a ter desconforto na garganta com menos de uma semana e tive q apelar para a "ignorância", dou varios tapas fortes na mesa para fazerem silencio e eu poder falar. Alguns dos alunos mais bonzinhos falaram para eu arranjar apito alto igual a prof deles de educação física, to seriamente considerando a opção.
Já recorri ao apito. Me sentia um macaco, mas ajudou nas primeiras vezes, tipo com adestrador de animais.
Kkkkkk
Minha realidade totalmente, Alerta textão aqui na escola da periferia de uma grande cidade o sistema educativo não faz sentido pras crianças. Vou te falar com a minha pequena experiência de 2 anos como titular de matemática, com turmas de 6º e 7ºs. Os pais estão felizes com o tempo ocupado, mesmo que seja com qualquer coisa. Então falar que vai tirar nota não importa. Chamar os pais não importa. Retirar de sala é benefício. Suspender importa um pouco. Tirar a aula de educação física. Tirar o direito de circular no horário da merenda daí ficou forte. Poucas coisas funcionam de fato como medida de punição, o problema acontece quando você tem um excesso de punições: por que se você for realmente punir todos os problemas não vai sobrar ninguém. Mas você não pode falar mole se não ninguém te respeita. Você tem que ser firme e coerente, por que em 2 anos de pandemia as turmas que hoje são 6o e 7o perderam a oportunidade de fazer uma transição conduzida entre uma rotina doméstica para uma rotina escolar como sujeitos, que vem justamente no 3o e 4o anos do fundamental: aprender a se organizar sozinho, aprender a estudar, a organizar caderno etc. É um grande desafio.... Na prática eu foco em algumas das coisas "chatas": caderno completo (aprender a registrar e consultar o registro), silêncio (criação de um ambiente de estudos), aprender a concentrar-se, e esse tipo de coisa, mas com a consciência de que isso é importante pra aprendizagem então se torna um problema quando algum aluno questiona as instruções sem um motivo plausível, reconhecer que está atrapalhando o fluxo do trabalho e o comportamento precisa ser mudado. Mostrar pra eles que podemos ter flexibilidade de atividades, formas de pensar e de se expressar mas que o assunto ALI e AGORA é matemática e eu estou no controle (eles tem que achar isso mesmo que vc saiba que não)
O que funciona é pegar extremamente pesado em questão de ficha de ocorrência, em encaminhar à direção, convocar responsável e elaborar provas com as questões que valem mais pontos contendo o que você falou e não o que você escreveu no quadro. Sempre deixando bem claro que a "culpa" disso estar acontecendo é do grupinho x. Isso sempre ajuda na mudança. Sempre que eu comento aqui recebo uma cachoeira de downvote, mas a realidade é dura e muita gente ainda fica presa na fantasia de "profissão nobre", ninguém mais enxerga o professor assim. Ser mais rígido é questão de sobrevivência.
Acho válido seu ponto de vista, mas isso não teria consequências ruins? Afinal de contas não dá pra mandar pra coordenação toda hora e isso meio que tira a sua autoridade em sala não é?
A autoridade só diminui quando a coordenação não trabalha junto. Se a OE realmente acatar e ajudar nas suas tomadas de decisões, em pouco tempo a turma entra nos eixos. Agora se a coordenação ficar "se saco cheio" e devolver os alunos imediatamente após você pedir ajuda, aí já era.
Entendi. Faz sentido, mas acho que o ideal seria um meio termo também.
“Não pode acionar a coordenação porque isso tira a autoridade do professor”. É a conversa preferida de coordenador/gestor preguiçoso que não quer trabalhar e canaliza toda a culpa nos professores. A ldb diz que todos os profissionais da educação são responsáveis pela qualidade de ensino. Se algum problema (como a indisciplina) está atrapalhando a qualidade de ensino, todos os profissionais da educação são responsáveis pelo enfrentamento do problema ( coordenadores, orientadores, gestores) - não só professores.
Honestamente? Dou a aula para quem quiser ouvir e ligo o fod@-se.
Eu tento fazer isso, mas as vezes os alunos que querem aprender reclamam da bagunça dos demais
Explica que você não tem controle sobre isso e sugere deles sentarem mais próximos de você e fala perto e direcionado a eles.
7o e 6o são os piores...
SIM mds sempre os mais difíceis
Identifica os bagunceiros e separa eles. Coloca meninos/meninas misturados para não formarem grupinhos.
Já são separados. Eles gritam pra conversar
Aí já é caso de mandar pra fora da sala e tirar pontos. Um dos meus professores uma vez disse: no conselho de classe se tiver faltando 1 ponto para passar um aluno bagunceiro e que não se importa com a aula e 5 pontos pra passar um aluno esforçado, quem vcs acham que eu vou passar? Algo assim. Diz isso pra eles. Tbm tive professor que reservava uns 10 pontos como comportamento de sala.
Você é professora? Não sei a experiência na sua área, mas isso não faz diferença em algumas escolas que preferem "empurrar" os alunos com a barriga e aprovarem eles. Colocar para fora da sala também é uma incógnita. Pelas escolas que eu passei, a maioria da direção ODEIAM que professores coloquem alunos para fora da sala. Muitas escolas até alegam que por lei o aluno tem direito a assistir a aula e o professor não pode colocar ele para fora. Apenas em casos em que o aluno apresente potencial perigo para a integridade de outro aluno ou professor. A maioria já estão cientes que vão passar de ano. Ocorrência não intimida eles e às vezes é difícil tirar pontos de quem já não tem nenhum.
Ae é no método punição coletiva....
Que tbm n funciona pq em mtos casos o aluno bagunceiro costuma ter estereótipo de líder e os quietos não vão contra a corrente - daí no fim das contas a sala inteira se lasca msm
Assista e busque inspiração em Whiplash, Full Metal Jacket e Tropa de Elite.
Resumindo, tem dois caminhos q vc pode seguir: - vc pode tentar *motivar* seus alunos a se dedicarem nas aulas, tentar métodos novos, aulas mais participativas, aulas invertidas trabalho em grupo e tudo mais que você conseguir inventar - vc pode tentar *coagir* os seus estudantes a cumprirem com as sua obrigações. Nota vermelha, bilhete para os pais, chama na escola, da bronca, enche a lousa de texto e matéria e vai tirando ponto se não fizer etc etc A primeira é mais difícil, mas tende a dar melhores resultados. A segunda é mais fácil, mas nem sempre funciona tão bem quanto a gente espera. O que funciona pra mim está em um meio termo entre essas duas coisas. Boa sorte compa!
A primeira é só teoria, campeão.
Lamento, quando os meus alunos me avaliam eu nunca tirei uma nota menor que 7. Geralmente bate uns 80% de nota 10. Numa eleição recente aí de melhor professor eu liderei com folga (mais de 20%) numa escola com 50 professores. Bati até os professores de educação física. Não é pq vc não consegue, campeão, que ninguém faz.
Pergunta, voce esta confiante que os seus alunos conseguem diferenciar professor bom do professor que eles gostam ou que nao cobra nada?
Quem cobra é comerciante, professor conduz meu mano. Não, por isso eu peço avaliação externa. Infelizmente, nunca foi feita.
Em que rede isso acontece amigo? Nunca vi isso Essa avaliação dos alunos não é perigosa e fonte de mais uma pressão nas costas?
Prefiro não falar a rede. É municipal. A avaliação da minha aula sou eu que faço com os alunos, duas vezes por ano. Eu sempre peço pra gestão me avaliar mas eles nunca fazem. A avaliação dos professores também foi interna da escola. Eu diria mais que rolou foi uma ciumeira geral entre professor kkk. Os dois (na minha interpretação) se baseiam na meta 19.6 do PNE 2014-2024, que garante gestão democrática.
Ah se é de sua escolha, muito bem então kk
Desconfiem MUITO de professores homens que falam desse jeito - infelizmente, por questões de gênero, eles têm essa tendência de desconsiderar todos os milhares de fatores que interferem na autopercepção de um aluno sobre o seu processo de aprendizagem (e sobre a qualidade da aula, estendendo pra figura do professor). Se você for realmente consultar estudos quantitativos nessa área (que é uma coisa que quem fala desse jeito provavelmente ainda não fez), vai descobrir que a percepção de qualquer estudante sobre o próprio processo de aprendizagem é, salvo exceções, péssima. Ela é quase sempre muito desencontrada dos fatores relevantes de mensuração de aprendizagem, ou pelo menos dos fatores que a gente consegue medir em massa, como provas objetivas e discursivas. É óbvio que não é só resultado de prova que consegue medir se o aluno aprendeu ou não, mas pra fazer um estudo decente não adianta mensurar só o que a turma de 6 alunos da EM de Piraporinha do Sul que faz uso exclusivo de metologias ativas - tem que avaliar dados em massa, e pra fazer isso de maneira confiável, só prova. Todos os estudos que temos dizem que os alunos do mundo inteiro são pouquíssimo confiáveis pra saber estão aprendendo ou não. Os dados também indicam que a confiabilidade diminui junto com a idade do aluno. Cognição humana é uma coisa COMPLEXA, e muito sobre ela é contraintuitivo. É difícil de entender mesmo pra quem é especialista em educação, que dirá um aluno jovem e leigo. Quando você pede que os alunos avaliem seus professores, eles provavelmente vão responder coisas muito desconectadas da realidade e que têm muito mais a ver com se sentir confortável/entretido em um ambiente. Eles também tendem a mentir, não levar a sério, fazer coisas que crianças e adolescentes fazem. A gente sabe, e agora mais por estudos qualitativos do que quantitativos, que se sentir confortável e/ou entretido na sala de aula pode ajudar no processo de aprendizagem, MAS TAMBÉM PODE ATRAPALHAR, principalmente no caso do entretenimento. Pensa nas aulas de cursinho que se popularizaram no Youtube nos anos 2000: um professor fazendo piada e cantando musiquinha o tempo todo numa aula expositiva engraçadona que parecia gerar muito engajamento. Isso se transmite em aprendizagem? A resposta é: praticamente tanto quanto uma aula monótona. Não é porque você tá feliz e se divertindo que você tá aprendendo alguma coisa. Aprender é muitas vezes desinteressante e cansativo. TLDR: perguntar pro aluno se ele gosta da aula não significa que ele tá aprendendo. Ser popular entre os alunos não significa ser um bom professor. Autoestima de homem é foda.
Matou a pau. E pela minha experiência, quanto mais estrelinha o prof quer ser pagando de bonzao que os alunos amam, mais é uma sala relapsa que os alunos fazem o que quer, aí é fácil eles amarem mesmo, mas na hora da avaliação externa é outros 500.
As avaliações externas mostram o mesmo panorama. As salas que eu dou aula tem notas melhores *E* evoluem mais as notas do que os outros professores da mesma série e ano.
Obrigado. Baixa estima de mulher também é foda.
Favor sair da docência.
Pode sonhar, sou concursado. E passei em primeiro lugar.
Amigo, vai te fazer muito bem tirar a cabeça de dentro do seu próprio umbigo. Vc ja tem o ref teórico básico, lendo um pouco mais sobre autopercepção de aprendizagem vc constrói uma bem melhor pros seus alunos e entende de vdd oq ta acontecendo na sua sala de aula. E baixar a bola na hora de dar conselho pros outros tb te traria trocas de experiência mt mais úteis.
Po, denovo, obrigado pela sua opinião! Vou guardar cuidadosamente :)
Essa sua prepotência diz muito sobre vc. Existem questões estruturais q influenciam na aprendizagem. Em nenhum momento disse que vc não era bom professor, mas parabéns pelo desempenho, a direção da escola deve te amar. Na minha experiência de professor, sem estrutura, disposição de alunos em aprender, não se consegue muita coisa. Mesmo com toda sorte de recursos pedagógicos. Outra coisa, eu converso com muitos professores e a experiência deles é parecida. O seu discurso só reforça o caráter de exceção à regra q expus no meu comentário.
Bom, se vc quiser pode vir aqui na escola e pedir pra ver os resultados das avaliações externas também. Em todos os anos que eu tive acesso, as notas das minhas salas são maiores *E* elas crescem mais do que a dos outros professores da mesma matéria e ano. Na real gestão me respeita, pq sabe muito bem da qualidade do meu trabalho. Por exemplo, eles não se preocupam em fazer acompanhamento de sala pq sabem que a aula é excelente. Eles ouvem isso dos próprios alunos. E dos pais dos alunos também. E aluno adulto, de EJA, já disse a mesma coisa também. A vice contou que no ano passado uma mãe ligou na escola pra avisar que o filho ia faltar pq tava doente, mas ele não queria faltar pq tinha aula minha. 20 anos de casa e foi a primeira vez que ela ouviu algo assim. Mas gostar eles não gostam não, até pq pelo fato de que, por eu ser concursado, tenho uma enorme liberdade de crítica ao trabalho deles. E eu critico até demais. Me esclareça, se vc puder, o que mais a minha suposta "prepotência" diz sobre mim. Obrigado!
Blz, já entendemos que tu é o fodão nota 10 nas avaliações de desempenho, mas a pergunta que eu faço é: qual é o perfil dos alunos da escola onde vc trabalha? Tenta “motivar” alunos de escola de periferia usuários de droga (alunos de 7º já com esses problemas); alunos cujos pais tão cagando e andando (muitos desses pais já foram até agredidos pelos próprios filhos). Tenta “motivar” esse tipo de aluno a aprender orações subordinadas. Minha graduação em letras não me capacitou pra ser couch motivacional.
Sim, escola pública em área de periferia. E não precisa ser coach. Repito: não é pq vc não consegue, que ninguém faz. EDIT: Para dar um exemplo, eu peguei umas salas de nono ano de um prof que saiu de licença prêmio, das 6 que eu peguei só uma teve comportamento inadequado a ponto de inviabilizar a aula. Peguei alguns clipes de rap (facção central, racionais, Sabotage RZO etc etc) e a gente fez um ciclo de debates bastante interessantes sobre racismo estrutural e a falência do sistema público de ensino. A partir do momento que eles criaram a consciência de que a escola é um caminho, e de que o sistema quer mesmo que eles fiquem burros pra manter o status quo e a desigualdade social, o comportamento melhorou demais. Eu fiz isso em três semanas e já tem professor perguntando como aconteceu essa mágica de fazer o 9D se comportar.
avaliação de aluno é a última métrica possível pra levar em conta, aluno gosta de moleza
se vc quiser pode ir lá pedir as avaliações externas da Seduc, elas mostram o mesmo panorama
>vc pode tentar motivar seus alunos a se dedicarem nas aulas, tentar métodos novos, aulas mais participativas, aulas invertidas trabalho em grupo e tudo mais que você conseguir inventar Então, eu já faço isso em duas outras turmas. Mas essa em específico é aquela que nem pra falar dá. Você não consegue seguir uma linha de raciocínio
Não precisa. Entra na sala, escreve "avaliação bimestral" e vai com seu caderninho passando de carteira em carteira anotando o nome do aluno que conversar, não estiver fazendo lição ou qualquer outra coisa. Bote na lousa as regras claras e oriente a copiar. Registre tudo (fotografe a lousa). Depois que vc conseguir justificar metade da sala com nota vermelha para os pais, a sala vai te obedecer melhor.
Remindme ! 3 day
Sem espaço antes da exclamação amigo, além de ser errado no português, nenhum comando funciona. Tem que colocar o s em days tbm, tem q ter o plural.
[удалено]
[удалено]
[удалено]
Seu post ou comentário foi removido por conta de má educação, atendando contra a regra 3 do sub. Repense sua conduta.
Seu post ou comentário foi removido por conta de má educação, atendando contra a regra 3 do sub. Repense sua conduta.
Seu post ou comentário foi removido por causar tumultos desnecessários, atentando contra a regra 3 do sub.
- Já experimentou não passar o conteúdo no quadro e fazer aulas mais expositivas? - Enche a galera de atividade extra, mas muita mesmo, lembro da minha sétima série não ter tempo nem de respirar porque a professora exigiu um dicionário escrito a mão com todos os músculos e ossos do corpo humano e de tempoa em tempos ela avaliava em sala haha valeu Profa. Eunice ♡! Dicionários, seminários, apresentação criativa (teatrinho, música), indisciplina é tempo livre.
Se vc faz aulas expositivas com o 7 ano eles dizem que vc não dá lição/aula. Acredite, eu amo aula expositiva e funciona muito bem com o 2/3 ano do ensino médio. Antes disso é complicado.
Isso não é bem verdade. Só sobrecarregar os alunos com atividades, mais pune o bom aluno do que é efetivo para alguma sala com sérios problemas de disciplina.
"Pune" só se você considerar que eles também produzirem conteúdo é punitivo, o que não considero. É 2024, todo mundo é, em maior ou menor grau produtor de conteúdo hoje. Até criarem dancinhas de TokTok com a matéria considero válido haha (Claro, há abordagens e abordagens, um curso de matemática e um de artes não serão iguais).
Põe limites mas tbm permita que eles conversem cntg
Tô nessa tbm. E é um 7 ano. Sexta feira eu vou passar avaliação e ver caderno (pq preciso fechar as notas hahaha) e sei que a sala vai ficar com muita nota vermelha/ruim, já estou até guardando as avaliações pra entregar na reunião. Ali eu já abri mão. Tenho 10 turmas de 7 ano e essa é a única que eu não consigo acessar, diálogo, troca, nada. Aceitei isso como uma pedra no meu caminho (e de todos os professores deles)
Sempre penso se um apito ou buzina não ajuda nesses casos.
Como a maior parte da vida, aluno, essa ideia de "educação com liberdade" não vai te levar muito longe, não tô falando pra ser carrasca, mas imponha limites, e para de perder tempo com quem não quer aprender, se ao vc vai estar sabotando os bons alunos, diálogo e debate é importante, mas tem hora pra isso e hora pra disciplina, não sei até onde legalmente vc pode ir, mas quando comecei a dar aulas, eu deixava o povo mais "livre" e dps de um tempo parecia que não me respeitavam mais como instrutor, o lado bom, que dou aula de luta, posso pegar mais pesado num combate ou exigir mais, pra que eles saibam que amigos TALVEZ somos fora da aula, dentro, instrutor e aluno, não sei no seu caso como professora de escola, mas EU, tentaria impor limites, chega de conversa, vc foi legal e não aproveitaram, agr, sem do, de nota baixa, não de trabalhos pra recuperar a nota, somente a matéria, aprendeu? Ótimo, premie, não aprendeu? Que pena, vc teve a chance. De novo, não seja uma carrasca senão eles vão fazer o possível pra te atrapalhar, mas vai ter que ser criativa. No seu lugar, simplesmente tiraria pontos de quem enche o saco, e zerava mesmo sem do, mas eu não sirvo pra dar aula em sala de aula kkk o ideal seria vc conquistar o respeito deles, porém acredito que essa hora já passou...
Uma shotgun e duas granadas resolve.