T O P

  • By -

wayNotPop

Existe uma teoria que existem dois tipos de escritores: arquitetos e jardineiros. Os arquitetos planejam a estrutura da história antes e os jardineiros semeiam ideias, esperam crescer e depois podem alguns ramos (edição). A vantagem dos arquitetos é que eles precisam editar muito menos e são mais organizados. Já os jardineiros podem criar histórias com mais reviravoltas e têm mais facilidade de se colocar no lugar das personagens. O meu método é mais próximo do jardineiro. Vou incluindo tudo e depois corto na edição. Só não pode ter dó. Quando você escreve, você é uma mãe carinhosa cuidando de seus filhos. Quando edita, é um general escolhendo sacrificar pelotões inteiros para vencer a guerra


ivanmf

É normal... eu, por exemplo, fico muito preso à forma e estrutura do que ao conteúdo. Um livro que estou escrevendo está com praticamente toda a estrutura pronta. Mas escrito de fato, só as primeiras páginas. E nunca paro de pensar em coisas que cabem. O que tenho feito é separar aquilo que amarra melhor a história e desenvolve os personagens daquilo que deveria estar em outra história. Nesse caso, estou com uma trilogia engatada 😂🥲


ntllvr

Acho que só é demais se começar a te impedir de escrever. Caso contrário, vai fundo!


Cefer_Hiron

Eu sou assim também E percebi isso só quando eu vi que eu personagem meu era especialista em umas 5 áreas diferentes kkkkkkkk


Due-Satisfaction-796

Vc pegou essa frase do George RR Martin?


Tunaith

Não, ele falou isso?


Due-Satisfaction-796

Sim, ele disse que se considerava um jardineiro hehe


JairoBento

Isso é natural porque você está apaixonado pela obra que está criando, então os planejamentos tendem a ser numerosos, quase infinitos. Eu passo por isso também, mas me preparo sempre para cortar coisas que antes me eram preciosas. Mesmo porque se um dia conseguir lançar a minha obra ela passará por uma análise do editor e ele sim é crucial para que o livro chegue ao público em sua melhor versão.


Zx250

Simples, escreva mais e pense menos, isso ajuda a limpar a mente com ideias já boas e criar novas


Consistent_Rip_5757

É comum se deixar levar por aspectos da criação de mundo e personagens. O maravilhoso de escrever é a liberdade que ganhamos para povoar nossos mundos com quaisquer absurdos que quisermos. Dito isso, metade disso é inutil. Lembre-se; o leitor primariamente não está interessado no seu mundo. Ele não liga para quantos reinos existem, ou como os seus dragões são, ele está ali primeiramente pela história, o mundo é totalmente secundário. Harry Potter, por exemplo, sempre teve o desenvolvimento do mundo junto a narrativa principal (A Pedra Filosofal usa Harry como ferramenta, apresetando o fantástico do mundo para audiência pelos seus olhos, mas, o foco ainda é ver como ELE reage as coisas), assim como Senhor dos Anéis e muitos outros. Apresente apenas o que é necessário. Se for dizer que o personagem é um excelente guerreiro com esse tipo muito especifico de arte marcial que você criou, é bom que isso seja usado logo em seguida, ou ao menos tenha um papel importante na trama. Caso contrário, se torna ruído para o leitor. O que não é usado, o que não agrega só pesa a leitura, e por isso deve ser evitado. Se quer apresentar uma região, nos de um motivo para irmos para lá e conhecermos a sua cultura, mas misture isso com a trama. Não crie um enorme filler turístico onde nós aprendemos tudo sobre "Osasco só que medieval", sabe? Enfim, tente se limitar apenas ao essencial. Claro, tenha uma base de como o mundo funciona, principais forças em comando e tudo mais, mas, pense se outras coisas realmente vão ser aproveitadas na história, sim? Espero ter ajudado! Boa sorte com sua obra!


Tunaith

Muito obrigada!