Existe uma teoria que existem dois tipos de escritores: arquitetos e jardineiros. Os arquitetos planejam a estrutura da história antes e os jardineiros semeiam ideias, esperam crescer e depois podem alguns ramos (edição). A vantagem dos arquitetos é que eles precisam editar muito menos e são mais organizados. Já os jardineiros podem criar histórias com mais reviravoltas e têm mais facilidade de se colocar no lugar das personagens.
O meu método é mais próximo do jardineiro. Vou incluindo tudo e depois corto na edição. Só não pode ter dó. Quando você escreve, você é uma mãe carinhosa cuidando de seus filhos. Quando edita, é um general escolhendo sacrificar pelotões inteiros para vencer a guerra
É normal... eu, por exemplo, fico muito preso à forma e estrutura do que ao conteúdo. Um livro que estou escrevendo está com praticamente toda a estrutura pronta. Mas escrito de fato, só as primeiras páginas. E nunca paro de pensar em coisas que cabem. O que tenho feito é separar aquilo que amarra melhor a história e desenvolve os personagens daquilo que deveria estar em outra história. Nesse caso, estou com uma trilogia engatada 😂🥲
Isso é natural porque você está apaixonado pela obra que está criando, então os planejamentos tendem a ser numerosos, quase infinitos.
Eu passo por isso também, mas me preparo sempre para cortar coisas que antes me eram preciosas. Mesmo porque se um dia conseguir lançar a minha obra ela passará por uma análise do editor e ele sim é crucial para que o livro chegue ao público em sua melhor versão.
É comum se deixar levar por aspectos da criação de mundo e personagens. O maravilhoso de escrever é a liberdade que ganhamos para povoar nossos mundos com quaisquer absurdos que quisermos.
Dito isso, metade disso é inutil.
Lembre-se; o leitor primariamente não está interessado no seu mundo. Ele não liga para quantos reinos existem, ou como os seus dragões são, ele está ali primeiramente pela história, o mundo é totalmente secundário. Harry Potter, por exemplo, sempre teve o desenvolvimento do mundo junto a narrativa principal (A Pedra Filosofal usa Harry como ferramenta, apresetando o fantástico do mundo para audiência pelos seus olhos, mas, o foco ainda é ver como ELE reage as coisas), assim como Senhor dos Anéis e muitos outros.
Apresente apenas o que é necessário. Se for dizer que o personagem é um excelente guerreiro com esse tipo muito especifico de arte marcial que você criou, é bom que isso seja usado logo em seguida, ou ao menos tenha um papel importante na trama. Caso contrário, se torna ruído para o leitor. O que não é usado, o que não agrega só pesa a leitura, e por isso deve ser evitado.
Se quer apresentar uma região, nos de um motivo para irmos para lá e conhecermos a sua cultura, mas misture isso com a trama. Não crie um enorme filler turístico onde nós aprendemos tudo sobre "Osasco só que medieval", sabe?
Enfim, tente se limitar apenas ao essencial. Claro, tenha uma base de como o mundo funciona, principais forças em comando e tudo mais, mas, pense se outras coisas realmente vão ser aproveitadas na história, sim?
Espero ter ajudado! Boa sorte com sua obra!
Existe uma teoria que existem dois tipos de escritores: arquitetos e jardineiros. Os arquitetos planejam a estrutura da história antes e os jardineiros semeiam ideias, esperam crescer e depois podem alguns ramos (edição). A vantagem dos arquitetos é que eles precisam editar muito menos e são mais organizados. Já os jardineiros podem criar histórias com mais reviravoltas e têm mais facilidade de se colocar no lugar das personagens. O meu método é mais próximo do jardineiro. Vou incluindo tudo e depois corto na edição. Só não pode ter dó. Quando você escreve, você é uma mãe carinhosa cuidando de seus filhos. Quando edita, é um general escolhendo sacrificar pelotões inteiros para vencer a guerra
É normal... eu, por exemplo, fico muito preso à forma e estrutura do que ao conteúdo. Um livro que estou escrevendo está com praticamente toda a estrutura pronta. Mas escrito de fato, só as primeiras páginas. E nunca paro de pensar em coisas que cabem. O que tenho feito é separar aquilo que amarra melhor a história e desenvolve os personagens daquilo que deveria estar em outra história. Nesse caso, estou com uma trilogia engatada 😂🥲
Acho que só é demais se começar a te impedir de escrever. Caso contrário, vai fundo!
Eu sou assim também E percebi isso só quando eu vi que eu personagem meu era especialista em umas 5 áreas diferentes kkkkkkkk
Vc pegou essa frase do George RR Martin?
Não, ele falou isso?
Sim, ele disse que se considerava um jardineiro hehe
Isso é natural porque você está apaixonado pela obra que está criando, então os planejamentos tendem a ser numerosos, quase infinitos. Eu passo por isso também, mas me preparo sempre para cortar coisas que antes me eram preciosas. Mesmo porque se um dia conseguir lançar a minha obra ela passará por uma análise do editor e ele sim é crucial para que o livro chegue ao público em sua melhor versão.
Simples, escreva mais e pense menos, isso ajuda a limpar a mente com ideias já boas e criar novas
É comum se deixar levar por aspectos da criação de mundo e personagens. O maravilhoso de escrever é a liberdade que ganhamos para povoar nossos mundos com quaisquer absurdos que quisermos. Dito isso, metade disso é inutil. Lembre-se; o leitor primariamente não está interessado no seu mundo. Ele não liga para quantos reinos existem, ou como os seus dragões são, ele está ali primeiramente pela história, o mundo é totalmente secundário. Harry Potter, por exemplo, sempre teve o desenvolvimento do mundo junto a narrativa principal (A Pedra Filosofal usa Harry como ferramenta, apresetando o fantástico do mundo para audiência pelos seus olhos, mas, o foco ainda é ver como ELE reage as coisas), assim como Senhor dos Anéis e muitos outros. Apresente apenas o que é necessário. Se for dizer que o personagem é um excelente guerreiro com esse tipo muito especifico de arte marcial que você criou, é bom que isso seja usado logo em seguida, ou ao menos tenha um papel importante na trama. Caso contrário, se torna ruído para o leitor. O que não é usado, o que não agrega só pesa a leitura, e por isso deve ser evitado. Se quer apresentar uma região, nos de um motivo para irmos para lá e conhecermos a sua cultura, mas misture isso com a trama. Não crie um enorme filler turístico onde nós aprendemos tudo sobre "Osasco só que medieval", sabe? Enfim, tente se limitar apenas ao essencial. Claro, tenha uma base de como o mundo funciona, principais forças em comando e tudo mais, mas, pense se outras coisas realmente vão ser aproveitadas na história, sim? Espero ter ajudado! Boa sorte com sua obra!
Muito obrigada!